A pandemia ainda é uma realidade no país, mas é válido lembrar, que com avanço da vacinação, juntamente com as medidas de enfrentamento da Covid-19 foi possível diminuir os casos da doença em diversas áreas do país.

De acordo as informações divulgadas desde o início da disponibilização das vacinas contra o SARS-CoV-2, todas as vacinas aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) são eficazes no combate ao coronavírus e tem como foco principal reduzir a quantidade de mortes e de internações por Covid-19.

É importante destacar, que a vacinação não desobriga a população de continuar mantendo as outras medidas de prevenção, pois ainda não existem pesquisas que comprovem o bloqueio da transmissão pelas pessoas que receberam doses da vacina.

Em Araguari, depois da flexibilização do uso de máscara em ambientes fechados, em 17 de março, a cidade permaneceu por mais de um mês sem registrar muitos casos de internações graves por Covid-19. No mês de abril, a maior taxa de internação de UTI, em 24 horas, foi de aproximadamente 2 pacientes, sendo que em cerca de 17 dias não houve nenhum caso de internação grave.

No dia 18 de maio, o Boletim Epidemiológico registrou que 5 dos 10 leitos de UTI estavam ocupados, ou seja 50% da capacidade máxima. No último boletim publicado ontem, 20, quatro leitos de UTI estavam ocupados. De modo geral, em apenas dois dias deste mês não houve ocupação nos leitos de UTI. De acordo com esses dados, é possível concluir que houve um aumento de casos graves da doença, com relação ao mês anterior.

O estado de Minas Gerais registrou nas últimas 24 horas um total de 2.323 casos e cinco mortes por Covid-19. A doença foi responsável pela perda de 61.463 vidas, além de contaminar 3.383.874 pessoas desde março de 2020.

Desde 1º de maio, o governo flexibilizou o uso das máscaras em locais fechados em todo o estado. A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais está analisando se o aumento de casos tem relação com a medida.

Uma explicação para isso é que as vacinas contra a Covid-19, assim como qualquer outro imunizante, não são 100% eficazes. O sistema imunológico de algumas pessoas responde melhor à vacina do que o de outras. Fatores como idade, sedentarismo e comorbidades prejudicam a defesa do organismo.

Outro ponto que merece ser destacado é que mesmo com o avanço da vacinação, algumas pessoas escolheram não se imunizar, isso faz com que elas fiquem mais suscetíveis ao vírus e apresentem sintomas mais severos da doença.

Ontem, 20, a reportagem da Gazeta entrou em contato com a secretária de Saúde, Soraya Ribeiro de Moura para saber quais medidas serão tomadas para conter o avanço do vírus no município, mas até o fechamento desta edição não obteve respostas.