por Mel Soares

Desabastecimentos de gêneros alimentícios resulta em transtorno a unidade hospitalar

A greve dos caminhoneiros gerou reflexos em vários serviços prestados no município. Com a escassez no abastecimento de combustíveis, que compromete o transporte escolar, a área educacional foi atingida assim como os supermercadistas, no atraso da entrega de determinados produtos.Representantes da saúde local também manifestam transtorno.

Ovos de galinha começam a faltar nas prateleiras

Na tarde dessa terça-feira, 29, a reportagem do Jornal Gazeta do Triângulo entrou em contato com supermercados da cidade para apurar acerca das mercadorias em falta. Os ovos de galinha não podiam ser encontrados na maioria dos supermercados pesquisados. Naqueles em que ainda havia o produto, apenas alguns itens estavam à venda, sem expectativas para o reabastecimento.

As escolas da rede pública paralisaram as atividades com previsão de retorno na segunda-feira,4. Alguns estabelecimentos da rede particular estão trabalhando normalmente, no entanto, devido ao feriado nesta quinta-feira, 31, as aulas estarão suspensas na sexta-feira, 1º.

Na Santa Casa de Misericórdia, que tem convênio com a prefeitura, e atende pacientes por meio do SUS (Sistema Único de Saúde), determinados materiais que são realizados em cirurgias estão em falta sendo que as eletivas estão suspensas.

Para evitar transtornos, ohospital tem atendido a demanda de urgência por meio da compra dos produtos em locais onde é possível conseguir o fornecimento. O abastecimento de alimentos, como arroz e óleo, também foi comprometido apresentando atraso de uma semana. Para evitar que tenha reflexos no atendimento aos pacientes, a Santa Casa tem promovido a compra dos itens em supermercados da cidade, o que resulta em prejuízo de aproximadamente 40%.

Em relação a carnes, a distribuição na unidade de saúde está dentro da normalidade, com problemas apenas no fornecimento da carne suína.

A crise, que também reflete na falta de combustíveis, compromete a mão de obra da Santa Casa. Parte dos médicos que reside em Uberlândia precisa ser substituída.

O problema também é enfrentado na UPA (Unidade de Pronto Atendimento). Apesar do transtorno, o prefeito Marcos Coelho (MDB) afirma que todos os casos de urgências estão sendo atendidos. “Nesta semana começamos a ter dificuldades na escala médica, pois alguns profissionais são de outras cidades”, disse chefe do Executivo.

“As Unidades Básicas de Saúde funcionam normalmente. Em Piracaíba, Amanhece e Contenda, foi garantido o atendimento médico normal. Não há dificuldade”, complementou.

Sobre medicamentos oncológicos, a informação é de que uma equipe da prefeitura está sendo responsável pelo transporte dos produtos diretamente de uma distribuidora em Governador Valadares.