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Alertas de prevenção contra ISTs são intensificados no Carnaval

qua, 27 de fevereiro de 2019 05:50

Da Redação

Março está quase chegando e, com ele, o Carnaval. Em relação a tudo na vida, é preciso ter moderação, para que as comemorações não se tornem um verdadeiro pesadelo. As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) podem e devem ser prevenidas.

Apesar de a preocupação ser necessária durante todo o ano, neste período de folia, as campanhas de prevenção se intensificam para conscientizar as pessoas dos comportamentos de risco. É constatado que o Carnaval é um período em que as pessoas se expõem mais às relações sexuais desprotegidas.

O CAE distribui preservativos e faz testagens rápidas gratuitamente  **Divulgação

O CAE distribui preservativos e faz testagens rápidas gratuitamente
**Divulgação

 

Desta forma, nesta segunda-feira, dia 25, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-MG) lançou uma campanha publicitária para o Carnaval focada no uso do preservativo. Inspirada na folia de Belo Horizonte, foi desenvolvido um conjunto de ações nas mídias sociais e aplicativos de mensagens, a fim de conscientizar acerca das infecções transmitidas via relação sexual.

O slogan “Então, previna-se” faz referência a um dos blocos mais populares da capital, o “Então, brilha”. A mensagem sobre a importância da prevenção contra as ISTs (HIV/Aids, Hepatites Virais, Sífilis e outras) está presente na identidade visual dos materiais e contará com o suporte dos textos complementares que acompanham os posts.

O público-alvo principal é a população jovem, que tem apresentado aumento significativo no número de casos de infecções. Conforme informações da SES-MG, no ano passado, o Estado registrou mais de 4,7 mil casos de HIV/Aids, sendo que a maior parte se concentrou na faixa etária entre 20 a 49 anos (3,8 mil notificações).

Acerca da sífilis adquirida, o Estado registrou 14,4 mil casos, em 2018. Até o dia 14 de fevereiro deste ano, 176 casos da infecção foram notificados.

A coordenadora de Infecções Sexualmente Transmissíveis/Aids e Hepatites Virais da SES-MG, Mayara Marques de Almeida, ressalta a necessidade de prevenção. “A camisinha é o melhor método de prevenção e não somente para o HIV, como para as outras ISTs. Por isso, além dos preservativos enviados regularmente aos municípios, distribuímos um quantitativo adicional de cerca de sete milhões de unidades de camisinhas masculinas, para abranger esse período do feriado prolongado”, informou.

INFORMAÇÃO

A SES-MG criou uma página voltada apenas para conteúdo informativo sobre ISTs. No site www.saude.mg.gov.br/sexoseguro está disponível um kit digital com posts e artes para mídias sociais e WhatsApp, além de informações sobre o uso de preservativos e tratamentos para as infecções.

Também foram firmadas parcerias com organizações não-governamentais (ONGs) e representações de movimentos jovens e LGBT, de forma que essas entidades possam potencializar a divulgação da campanha em suas redes sociais e grupos de mensagens. “As mídias digitais têm capacidade ampliada e orgânica na divulgação de informações, proposição de discussões e sugestão de adoção de hábitos promotores da saúde”, destacou Joney Vieira, coordenador de Publicidade e Mobilização Social da SES-MG.

HIV EM HOMENS

O Ministério da Saúde lançou campanha para conter o avanço do HIV em homens, pois os dados apontam para 73% dos casos da IST no sexo masculino. “Pare, pense e use camisinha” é o slogan da Campanha de Carnaval, lançada pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em Salvador (BA).

A ação também visa conscientizar os foliões que irão pular Carnaval por todo o país. A ideia é estimular o uso do preservativo, principalmente entre os homens na faixa etária de 15 a 39 anos. O Ministério da Saúde irá distribuir 12 milhões de camisinhas que, agora, contam com uma nova identidade visual, que dialoga diretamente com o público jovem.

Estima-se que 866 mil pessoas vivem com o HIV no Brasil. De acordo com o Boletim Epidemiológico de HIV/Aids divulgado no final do ano passado, a epidemia no Brasil está estabilizada, com taxa de detecção de casos de Aids em torno de 18,3 a cada 100 mil habitantes, em 2017. Isso representa 40,9 mil casos novos, em média, nos últimos cinco anos.

“Os números do HIV no Brasil, que demonstram aumento entre jovens, são muito importantes para a conscientização do grande desafio que temos na saúde pública, que é uma mudança no comportamento. Precisamos cada vez mais estimular o uso do preservativo, para que o Carnaval seja sempre uma memória feliz. Vamos fazer um Carnaval e um ano inteiro de consciência em relação à responsabilidade sobre o seu corpo e o da pessoa que você ama”, destacou o ministro.

ARAGUARI

A reportagem do Gazeta do Triângulo entrou em contato com a equipe do Centro de Apoio Especializado (CAE), a fim de questionar se haverá ações preventivas e de conscientização acerca das ISTs. A coordenadora Simone Guirelli ressalta que, ao longo do mês, foi desenvolvido um trabalho de prevenção em Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e outras entidades.

Para o período do Carnaval, foi intensificada a entrega de preservativos em Unidades de Saúde e empresas. “As pessoas têm deixado de usar o preservativo, que é o método mais efetivo para prevenir ISTs. Estamos trabalhando principalmente na prevenção antes das comemorações; é preciso cuidar mesmo. E, depois do Carnaval, o trabalho também continua no CAE, com os testes rápidos e palestras de conscientização”, destaca.

Para aqueles que se submeteram a situações de risco, a testagem rápida é simples e gratuita. Pelo CAE é possível fazer o diagnóstico para HIV, sífilis e hepatites B e C. Para casos positivos, são encaminhadas guias para exames aprofundados e, a partir disso, a medicação adequada é oferecida ao paciente gratuitamente.

Mais informações sobre o atendimento podem ser obtidas na unidade, localizada na Unidade Básica de Saúde do bairro Chancia, na rua Antônio B. Sobrinho, ou pelo telefone 3690-3023.

1 Comentário

  1. Anonimo disse:

    Poderia ter mais informação sobre preservativo feminino também, poucas mulheres conhecem e não tem nas unidades básicas disponível, só masculino

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