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Aedes aegypti: ações de combate ao mosquito são intensificadas

sáb, 23 de fevereiro de 2019 05:46

Da Redação

O surto de dengue em Araguari e região tem preocupado os munícipes, além de estar superlotando as unidades de saúde. Atualmente, as reclamações constantes referem-se aos sintomas de febre, dores musculares e articulares, fadiga, mal-estar, manchas avermelhadas, entre outros, comuns para o tipo clássico da doença.

A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) estima quase 600 casos prováveis de dengue no município. Uberlândia, Frutal e Campina Verde são algumas das cidades da região com alto índice de incidência, com registros prováveis de 2,5 mil, 225 e 135, respectivamente.

Tendo em vista os dados oficiais e levando em consideração que os números podem ser ainda maiores, a secretaria municipal de Saúde, através do departamento de Controle de Doenças e Zoonoses, tem intensificado ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, que também causa a febre chikungunya e o zika vírus.

Equipes do departamento de Zoonoses deram início ao uso do fumacê

Equipes do departamento de Zoonoses deram início ao uso do fumacê

 

Os trabalhos foram acentuados, principalmente nas áreas com maior índice larvário constatado no último Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa). De maneira geral, Araguari apresentou índice de 4,1%, considerado estado de atenção pelo Ministério da Saúde; no entanto, bairros, por exemplo Miranda e Paraíso, apresentaram índices superiores a 5%, que é uma classificação de risco.

Várias ações estão sendo desencadeadas, desde as mais corriqueiras, como visitas domiciliares, até mais complexas, como limpeza em casas abandonadas e terrenos baldios. As equipes estão promovendo palestras em escolas e empresas, com o intuito de mobilizar e atuar no combate ao mosquito.

Além disso, no início dessa semana, as equipes começaram a fazer uso do Ultra Baixo Volume (UBV), popularmente conhecido como fumacê. Este é uma estratégia para controlar os mosquitos, utilizado durante períodos de surto ou epidemia. Consiste em um carro que, ao passar, emite uma “nuvem” de fumaça com doses de um defensivo capaz de eliminar grande parte dos mosquitos em fase adulta.

O coordenador do departamento de Zoonoses afirma que o veículo foi solicitado há um tempo, mas, devido ao processo burocrático de autorização, chegou somente na segunda-feira, dia 18. Desde a terça-feira, o trabalho foi iniciado, tendo como destino primeiro os bairros de maior índice de infestação de larvas e mosquitos. Moradores relataram a presença do veículo em áreas do Centro.

O trabalho com o UBV é feito, principalmente, no final da tarde, final da madrugada e começo da manhã. Até o fim de março, o veículo deve passar por todos os bairros.

No entanto, o coordenador ressalta que o trabalho será eficaz somente com a ajuda da população, tendo em vista que grande parte do índice de larvas e água parada está nas residências. De acordo com o último LIRAa, 34,7% dos criadouros foram encontrados em recipientes plásticos, latas e lixo em geral deixados nos quintais. Cerca de 24,6%, em caixas d’água, tambores e toneis, e 17,8% em vasos de plantas, pratinhos, bebedouros de animais e frascos com água.

Em reportagens anteriores, o coordenador informou ainda, que, apesar de todo o trabalho e empenho da secretaria de Saúde, não é possível controlar o surto sem a ajuda da população. “Estamos nos desdobrando, indo em locais com maior índice, mas a maioria dos focos está dentro de casa. Enquanto a população não tiver consciência de que é preciso cuidar dos quintais, não haverá solução. Os moradores precisam estar atentos e nos ajudar limpando seus quintais e eliminando os possíveis criadouros. São atitudes simples que fazem a diferença. Estamos ampliando o trabalho de prevenção na cidade e nos bairros mais afetados, mas cada um deve fazer a sua parte”.

Em posicionamento oficial, divulgado pela assessoria de comunicação da prefeitura, o secretário de Saúde, Guilherme Afonso, ressaltou a importância da participação popular no combate ao Aedes. “O combate às doenças transmitidas pelo mosquito é um empenho coletivo, sério e que deve ser realizado todos os dias. Pedimos aos moradores que recebam os agentes de combate a endemias em suas residências e também ao perceber a presença do fumacê, que possam abrir portas e janelas para um efetivo combate ao mosquito”.

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