Da Redação

A instauração da CLI deve pautar requerimento apresentado hoje, na Câmara Municipal

Os vereadores pretendem discutir durante a sessão ordinária desta terça-feira, 16, a instauração de uma CLI (Comissão Legislativa de Inquérito), para investigar uma denúncia sobre recebimento de propina, levada à conhecimento dos edis nas últimas semanas. Conforme afirmações apresentadas pelo empresário Marcos Reis, um ex-secretário teria solicitado certa quantia em dinheiro de uma empresa, para garantir a contratação da mesma. O fato teria ocorrido há aproximadamente um ano. Na época, o valor do orçamento feito pela empresa foi de R$ 300 mil, no entanto, o representante da prefeitura solicitou que o orçamento fosse alterado para R$ 680 mil.

 

O fato veio a público durante audiência realizada no dia 8, pelo vereador Dhiosney Andrade (PTC), que ocupa o cargo de presidente da Comissão de Finanças do Legislativo. Durante esta audiência, cujo intuito era questionar representante da prefeitura sobre a contratação de uma empresa, Marcos Reis, que estava presente fez uma denúncia.

Ainda segundo o denunciante, o objetivo do acordo era em benefício de uma pessoa ligada ao governo municipal, que receberia o dinheiro extra, R$ 380 mil, por meio dos empresários.  Para questionar estas informações, Dhiosney de Andrade apresentou na última sessão legislativa, um requerimento solicitando a investigação de tal fato. Na sessão, o documento contou ainda com a assinatura dos vereadores Paulo do Vale (PV), Sebastião Joaquim Vieira (PSL), Carlos Machado (PSL) e Clayton Francisco Brazão (PRP).

Na ocasião, os demais pediram a formalização da denúncia, a solicitação foi acatada pelos vereadores, que demonstraram preocupação com o assunto. “O empresário também ficou de nos apresentar uma prova que demonstre indícios de irregularidades. Vamos tratar sobre o assunto novamente, a fim de chegar à um entendimento entre os vereadores, ” disse Giulliano Rodrigues “Tibá” (PTC).

Diante disso, será feita a reapresentação do requerimento na sessão de hoje. “Nós, na função de fiscalizadores, não podemos nos omitir, até mesmo porque isso seria um crime de prevaricação, ou seja, temos que tomar providências e apurar se esta denúncia tem fundamento”, argumentou Dhiosney Andrade.

Dos 17 vereadores, são necessários seis votos favoráveis para que seja aberta a CLI para investigação dos fatos denunciados. Para falar sobre o assunto, a reportagem encontrou em contato com a secretária de Administração Thereza Christina Griep. Segundo ela, a prefeitura está aguardando a comprovação das denúncias e o secretário atacado pelo denunciante e demais nomes envolvidos, tomaram as devidas medidas judiciais cabíveis ao fato.

“Estamos aguardando que o responsável pelas denúncias apresente os documentos que comprovem o que ele disse. Também estamos tomando as medidas necessárias para solucionar este impasse, lembrando que injúria, calúnia e difamação são crimes e se há, de fato, provas, deveriam ser apresentadas quando o empresário esteve na Câmara durante a audiência.”