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Juízo Criminal agenda primeiro julgamento popular no caso do “Maníaco de Araguari”

qui, 21 de fevereiro de 2019 05:10

Da Redação

Vinte e um de maio, a partir de 10h. Data e horário estão agendados pela Primeira Vara Criminal da Comarca para o pontapé inicial nos julgamentos do caso do “Maníaco de Araguari”. O acusado Eurípedes Martins, o “Euripão”, foi denunciado por cinco homicídios qualificados e ocultação de cadáver. Os crimes ocorreram em fevereiro, junho, agosto e setembro de 2005, e janeiro de 2006, ganhando repercussão nacional.

Eurípedes Martins aguarda pelo julgamento em liberdade ** Arquivo

Eurípedes Martins aguarda pelo julgamento em liberdade
** Arquivo

 

Há cinco anos, foi designada a primeira sessão do Júri Popular, lotando as dependências do Fórum Oswaldo Pieruccetti, porém, muitos não contavam com o adiamento, vez que a defesa requereu a suspensão dos trabalhos, alegando a ausência do exame de sanidade mental do réu naquele processo. Depois de alguns trâmites na Justiça, o julgamento foi novamente programado, desta vez para o dia 28 de abril de 2017, no entanto, a pedido do Ministério Público, a sessão foi cancelada.

Segundo apurado pelo jornal Gazeta do Triângulo, o réu foi intimado na última segunda-feira, 18, em sua residência. Ele permaneceu preso por dois anos e oito meses, fez vários exames de sanidade mental e, desde 2008, aguarda em liberdade pela realização dos julgamentos. Desde a época dos fatos, nenhum crime foi registrado com as mesmas características no município.

O primeiro júri diz respeito à morte de Lara Rodrigues Caetano Pereira. Narra a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais que no dia 23 de agosto de 2004, após as 20h, na estrada de acesso à fazenda Cachoeirinha, na região do bairro de Fátima, o denunciado, por motivo torpe, matou a adolescente de 13 anos, arrastando o cadáver para um matagal com o objetivo de ocultar sua localização.

Para o Juízo Criminal, há nos processos indícios suficientes de autoria e prova clara de materialidade para que o acusado seja remetido a julgamento pelo Tribunal do Júri. Contudo, a defesa sempre alegou inocência. Nos outros quatro processos, não há definição das datas para a realização das sessões de julgamento.

O nome de Eurípedes Martins foi divulgado pela Polícia Civil após ser preso num final de semana, em abril de 2006. O homem teria confessado a autoria de pelo menos cinco mortes, chegando a participar das reconstituições, acompanhadas pela reportagem do jornal Gazeta do Triângulo. “Além da confissão dele, todas as provas que reunimos são substanciais. Também, na reconstituição, ele não hesitou em mostrar como e onde assassinou as vítimas”, disse o delegado Wagner Pinto, que na época trouxe uma equipe da Divisão de Crimes Contra a Vida (DCCv) direto de Belo Horizonte para acompanhar o caso.

Ao todo, oito mortes continuam sendo objeto de mistério, tendo como vítimas: Lara Rodrigues Caetano Pereira (13 anos), Amanda Aparecida de Souza (13), Vanda de Lima Nazareth (57), Regiane Maria Fonseca (27), Edma Maria Guedes Batista (41), Iraci Maria da Silva (44), Claudiana de Almeida (33) e Michele Monteiro da Silva (24 anos). Elas residiam nos bairros Maria Eugênia, Amorim, Ouro Verde, Flamboyants e Santa Helena.

 

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