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Professores da rede estadual de ensino aderem à paralisação por falta de pagamento

ter, 19 de junho de 2018 05:32

Da Redação

Categoria retomará as atividades após a quitação da primeira parcela deste mês

No início da semana passada, professores da rede estadual de ensino paralisaram as atividades escolares, devido ao não pagamento da primeira parcela dos salários, que deveria ter sido feita na última quarta-feira, dia 13. Em reportagem anterior, divulgada pela Gazeta do Triângulo, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) afirmou que a categoria não voltaria às atividades normais até a quitação da primeira remessa.

Até o fechamento desta edição, 17 escolas haviam aderido à paralisação  **Gazeta do Triângulo

Até o fechamento desta edição, 17 escolas haviam aderido à paralisação
**Gazeta do Triângulo

 

O sindicato encaminhou uma notificação ao governo de Minas Gerais comunicando a paralisação total da categoria, “diante do descumprimento contínuo do pagamento dos salários no 5º dia útil o que está ocasionando graves prejuízos de difícil reparação”.

Além disso, é pontuada a questão do parcelamento do salário, feito desde 2016, “que foge completamente da política praticada para as demais categorias do funcionalismo”. Assim, o sindicato denuncia que o governo está pagando integralmente as demais categorias, no valor de R$ 3 mil, e para a educação está parcelando em três vezes; “o governo está parcelando o que deveria ter sido pago numa única parcela, junto com os demais servidores estaduais. A discriminação da educação na política de pagamento que o Governo do Estado está praticando é inaceitável”.

Em Araguari, nove escolas haviam aderido ao movimento até o dia 15, mas, como o pagamento não foi feito até ontem, dia 18, outras oito unidades de ensino declararam a suspensão das aulas. Desta forma, apenas a Escola Estadual Antônio Nunes de Carvalho Filho não se posicionou favorável à paralisação, até o fechamento desta edição do jornal.

Atualmente, o município conta com 18 escolas estaduais, totalizando cerca de 800 professores, segundo o coordenador geral do Sind-UTE Araguari, José Luís da Costa. Ele ressalta vários problemas enfrentados pelos servidores, entre eles a cobrança de empréstimos pelos bancos; “aqueles que têm empréstimos, simplesmente não tinham dinheiro para pagar, então, o banco começa a cobrar juros. Isso é apenas um dos problemas”.

Concomitante à paralisação, a subsede do sindicato continua organizando atos locais para o diálogo com a comunidade escolar e a população em geral sobre a atual situação. No sábado, dia 16, foi feita uma movimentação pelas ruas do Centro, com o intuito de solicitar apoio da sociedade.

É válido ressaltar que a greve não foi encerrada, estando apenas suspensa. Conforme nota de esclarecimento, divulgada pelo Sind-UTE/MG, a retomada da greve pode ser feita a qualquer momento, bem como as paralisações. Foi justamente após a decisão de suspensão, que o Governo passou a adiar o pagamento da primeira parcela, “o que obrigou a categoria a retornar às paralisações”.

Diante disso, não houve negociação acerca do calendário de reposição, que somente será formalizada com o encerramento da greve. Sendo assim, a falta de um professor decorrente de greve não pode ser contabilizada como falta comum, pois “ninguém pode ser prejudicado por aderir à greve”.

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