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Professores de Escolas Estaduais paralisam atividades

sex, 15 de junho de 2018 05:56

Da Redação

Categoria define que só retoma os trabalhos após a primeira parcela dos salários ser paga

Na última segunda-feira, 11, professores da rede estadual de ensino iniciaram paralisação na cidade. A categoria pede o pagamento da primeira parcela dos salários do mês de junho.Desde 2016, o Governo do Estado tem dividido o salário de servidores em três parcelas. Segundo o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais – Sind-Ute/MG, a categoria não volta às atividades normais até quitação da primeira remessa. “A categoria continua paralisada até o pagamento da primeira parcela do salário. O governo já foi notificado que a paralisação seria até o pagamento da primeira parcela. Não pagou, não haverá retorno dos profissionais da educação ao trabalho, coloca o coordenador geral do Sind-UTE Araguari, José Luís da Costa.

Até o fechamento da edição, nove escolas estavam paralisadas

Até o fechamento da edição, nove escolas estavam paralisadas

 

A previsão dada pelo governo, conforme escala de pagamento fornecida em data anterior, era para quarta-feira, 13. Com isso, a adesão ainda não era significativa. Após o descumprimento, outros profissionais de ensino resolveram parar as atividades. “Algumas pessoas ficaram esperando a boa vontade do governo, mas promessa de pagamento não é certeza de pagamento”, relata Costa.

Conforme relata, no dia 12 o Governo de Minas Gerais enviou uma folha extra que continha o retroativo dos três meses atrasados de 2016. Após isso, no dia 13, nada foi pago. “Foi pago apenas 47% do total do funcionalismo do estado. Houve prioridade de setores como segurança, judiciário, Fazenda, agora a saúde e a educação não receberam”, afirma.

Segundo ele, até o momento nove escolas estão paradas: E.E. Professora Katy Belém, E.E. Professor Antônio Marques (Estadual), E.E. Madre Maria Blandina (Polivalente), E.E. Isolina França Soares Torres, E.E. Rainha Da Paz, E.E. Artur Bernardes, E.E. Padre Damião, E. E. Raul Soares, E.E. José Carneiro da Cunha, E. E. Arthur Bernardes, em Amanhece.

Em outros locais, como o Conservatório Estadual de Música e Artes Raul Belém-Araguari estão com paralisação parcial ou sem adesão. “Nós estamos com o quadro de cerca de 80% do pessoal paralisado. Tem algumas escolas que estão resistentes ainda”, diz.

Não aderiram à paralização ou aguardam Assembleia para definir posicionamento: E. E. Paes de Almeida, E. E. São Judas Tadeu, E. E. de Piracaíba e E. E. Antônio Nunes de Carvalho Filho. “Na E. E. Dona Eleonora Pieruccetti apenas um professor paralisou”, informa.

De acordo com o coordenador sindical, para que as aulas sejam retomadas até segunda-feira, 18, o governo precisa realizar os pagamentos em horário comercial. “Ele condicionou o pagamento a fluxo de caixa, ou seja, se não entrar dinheiro para o Governo, vão ficar nos enrolando”.

Para solicitar apoio da sociedade em geral, o Sind-UTE pretende ir às ruas. “Estaremos fazendo uma panfletagem nos próximos dias, um diálogo com a comunidade aqui no centro, nos mercados e em alguns bairros”, conclui.

Greve suspensa

A greve não foi encerrada, está apenas suspensa. Conforme nota de esclarecimento, divulgada pelo SindUTE-MG no dia 23 de maio, “a deliberação foi por uma suspensão temporária da greve iniciada no dia 8 de março e retorno às atividades no dia 23 de abril. O Governo do Estado foi informado de que a greve não foi encerrada, apenas suspensa”.

Isso significa dizer que, paralisações podem ser feitas a qualquer momento, bem como a retomada da greve. Foi justamente após a decisão de suspensão, que o Governo passou a adiar o pagamento da primeira parcela, “o que obrigou a categoria a retornar às paralisações”.

Diante disso, não houve negociação acerca do calendário de reposição, visto que somente será formalizada com o encerramento da greve. Desta forma, a falta de um professor decorrente de greve não pode ser contabilizada como falta comum, pois “ninguém pode ser prejudicado por aderir à greve”. Lembrando também que a greve tem como pauta os atrasos no pagamento, fim do parcelamento do salário, descumprimento de acordos, entre outros.

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