Quinta-feira, 12 de Setembro de 2024 Fazer o Login

“Africanidade”: exposição aborda história e cultura africana

sex, 17 de novembro de 2017 05:09

por Carolina Rodrigues

A mostra também conta com atividades em comemoração ao Dia da Consciência Negra

Em 20 de novembro de 1695, Zumbi dos Palmares é morto, aos 40 anos de idade. Mais de 300 anos depois, especificamente em 2003, a data foi escolhida para a comemoração ao Dia da Consciência Negra.

O líder negro foi um personagem histórico que viveu, representou e morreu pela luta negra contra a escravidão. E, no século XXI, ele é uma das principais expressões de obstinação pela igualdade racial. Desta forma, a celebração, que acontece em âmbito nacional, destaca a importância de exprimir e refletir a condição dos negros na sociedade.

O Espaço Museal do Arquivo Histórico e Museu Dr. Calil Porto está localizado na rua Dr. Afrânio, 178, Centro

O Espaço Museal do Arquivo Histórico e Museu Dr. Calil Porto está localizado na rua Dr. Afrânio, 178, Centro

 

Em comemoração e reflexão ao dia, a Fundação Araguarina de Educação e Cultura (Faec) por meio do Setor Museal do Arquivo Histórico e Museu Dr. Calil Porto, apresenta a mostra “Africanidade: consciência, cultura e movimento”. A exposição foi iniciada no dia 13 e permanece até a próxima sexta-feira, 24.

Nestes dias, o espaço museal está preenchido por objetos históricos e culturais que realçam a pluralidade e riqueza africana com elementos do congado, capoeira, fotografias, matérias jornalísticas, entre inúmeros objetos dos períodos de escravidão e abolição.

De acordo com Maria Inês Silvestre de Paiva, educadora e coordenadora museal, “a exposição veio para comemorar o dia 20 de novembro. Nós estamos abordando principalmente o cultural e histórico; a chegada do negro no Brasil, o período da escravidão e a influência dele em nossa cultura. Então, estamos retratando o congado, uma das principais manifestações no município, a capoeira como dança, a escravidão, entre outros aspectos”.

Além da mostra, os visitantes podem participar de oficina e palestras. No segundo dia de exposição, 14, Agnaldo Daniel da Silva – coordenador geral da Central Única das Favelas (Cufa Araguari) mais conhecido como mestre Zulu – ministrou uma palestra sobre cultura popular e história da capoeira. Dias 16 e 17, alunos da Escola Estadual Raul Soares participam das mesas-redondas “Cultura afro-brasileira: história e religiosidade” e “Cultura afro-brasileira: história e cultura”, respectivamente.

Desta forma, o museu apresenta, por meio dos objetos, e incita a reflexão para o dia dedicado a essa consciência. “Enquanto pedagoga, procuro mostrar a participação do negro na sociedade, a valorização da pessoa em si, as contribuições e a diversidade cultural. Nós temos poucos objetos, mas, através das palestras, abordamos os principais pontos culturais e históricos. Porque a valorização intensifica no momento em que se conhece a história; nós conhecemos o hoje por meio do passado”, finaliza Maria Inês Paiva.

Nenhum comentário

Deixe seu comentário: