Meio Desligado – Um “arrombo” na carreira profissional dos jovens
qua, 8 de novembro de 2017 05:08
Estamos em uma época de constantes transformações, sendo assim, até mesmo as formas de sacanear e escravizar outros também se transformaram. A lógica do estágio, que em tese deveria ser para quem ainda não entrou no mercado de trabalho e precisa aprender, tem sido quebrada. Muitas empresas, anunciam vagas para estágios com inúmeras exigências de formação, até mesmo experiência. Tudo isso, é claro, oferecendo um valor menor, por se tratar de um “aprendiz”.

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Uma página no Facebook tem denunciado não só esse tipo de situação, mas toda sorte de “escravizações modernas”. Vaga para cobrador por R$ 4,50 (isso mesmo, quatro reais e cinquenta centavos) o dia. Exigências como ser magra, ter o “busto grande” ou um carro próprio. Dormir no trabalho de segunda a sábado por um salário mínimo. Trabalho em troca de hospedagem. Vaga para auxiliar de marketing digital que exige superior completo, inglês avançado com salário de 937 reais por mês. Estágio em vendas numa escala de 6×1 com 2 domingos trabalhados por mês, por R$ 500. Isso sem contar as vagas cheias de piadinhas das áreas de comunicação. É o tipo de coisa que você vai encontrar nas “Vagas Arrombadas”, que usa o sarcasmo como forma de denúncia.

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Em tempos onde o empreendedorismo começa a ser incentivado no país, muita gente acredita que a ralação faz parte, ou que a falta de emprego é motivo para jogar os salários no chão. Depende do tipo de ralação. Como foi dito anteriormente, o estágio envolve aprendizado, mas no Brasil tudo vira malandragem. E isso não é síndrome de vira-lata.
Muitos jovens se esforçam, estudam, fazem cursos, se especializam. Mas afinal, todo esse esforço vale? Se no final das contas o salário oferecido não condiz com esse tipo de formação. A necessidade vai falar mais alto, e infelizmente, muitas pessoas chegam a deixar comentários como “vi que essa vaga era arrombada, mas estava precisando e deixei currículo”.

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Acontece que esse tipo de picaretagem que a princípio parece ser um bom negócio para muitos “empreendedores”, na verdade não é. Só serve para contratar pessoas que irão desempenhar sua função insatisfeitas, ou que não conseguirão ficar nela por se darem conta de que não vale a pena. Será então uma vaga sempre ociosa. É frequente a reclamação de que falta mão de obra no país. Pode ser que sim, mas falta também valorização do trabalhador. Quem não quer valorizar o bom profissional com certeza verá a partida dele para um lugar onde é valorizado.
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