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Vereadores defendem projeto de lei prevendo 8 horas de jornada para agentes comunitários

qua, 25 de janeiro de 2017 05:38

por Talita Gonçalves

Gerência Regional de Saúde alerta para perda de repasses caso seja mantido atual regime de trabalho, previsto em 6 horas

Após reunião com a Gerência Regional de Saúde no começo da semana, vereadores e representantes do governo se mobilizam para votar o projeto prevendo uma jornada de 8 horas diárias para os agentes comunitários. Na gestão anterior, a Câmara aprovou a redução para 6 horas. No entanto, segundo a Gerência Regional de Saúde, a medida pode inviabilizar o recebimento de repasses do governo federal.

Se o município mantiver a jornada dos agentes, o município de Araguari corre o risco de ser descredenciado da Estratégia de Saúde da Família. “Os profissionais tem que estar trabalhando 40 horas nas unidades de saúde da família, e os recursos vem para que essa estratégia funcione de acordo com o que está na lei. Ou seja, a lei federal está acima da lei municipal,” expôs o vereador Levi Siqueira (PMDB).

 Situação da carga horária dos agentes comunitários de saúde foi discutida na sessão da Câmara

Situação da carga horária dos agentes comunitários de saúde foi discutida na sessão da Câmara

 

Além do prejuízo da população, ele lembra que o município pode ser questionado quanto à prédios e pátios que foram construídos com recursos. “Há uma sobrecarga na UFU e se o município não cumpre os programas, a UPA também deixa de ter o recurso,” comentou.

A partir de fevereiro, a Gerência Regional de Saúde deve começar a fiscalizar os municípios da região. Diante disso, Levi Siqueira afirmou que a orientação recebida na reunião é de propor uma solução com urgência.

Na sessão da Câmara de ontem, Sebastião Vieira (PRP) que defende a manutenção das 6 horas diárias, afirmou que o atual governo havia se comprometido com os servidores a não ampliar a jornada.

Ele questionou Levi em relação à cidade de Uberlândia, onde vigora esse sistema. Em resposta, o líder do governo na Câmara informou que neste caso, a cidade possui recursos próprios para a Saúde e não depende de verba federal, como é o caso de Araguari. “Quero me munir de documentos e fazer requerimento pedindo o mais rápido possível para o secretário de Saúde (João Batista) vir até a Câmara,” comentou.

O projeto de lei referente ao tema tramita na Câmara. Levi Siqueira adiantou que ainda nesta semana, o assunto será debatido em uma reunião com representantes da secretaria, Ministério Público, Conselho Municipal de Saúde, agentes comunitários. A expectativa é que haja um entendimento entre os envolvidos para que o projeto entre em pauta já na próxima sessão, dia 31.

3 Comentários

  1. Anônimo disse:

    Vereador da cabeça dura. Você quer que a cidade perca verbas. Araguari não é rica. Em 2015 ouvi dizer que a prefeitura trabalhou nesse regime alguns dias e a cidade perdeu dinheiro e aí voltaram rapidamente para o determinado que são 8h. Uberlândia trabalha 6h porque tem o PIB muito alto e não necessita da ajuda federal. Uma coisa que não entendi foi no finalzinho do mandato do outro, legalizar esta lei somente para dar trabalho para a próxima gestão porque a cidade já perdeu milhões.

  2. Antonio disse:

    É só entrar na pagina do FNS ( FUNDO NACIONAL DA SAÚDE), e comprovar que a querida Uberlandia recebe sim os recursos assim como Araguari e os demais municipios do programa Saúde da Familia. Que mania que o povo de Uberlandia tem de fazer Araguarino de bobo.Recebem sim recursos do governo federal, agora o motivo que o Sr. Levi tem para falar isso, pra mim é desconhecido. Vereador tem que ler que se informar, pra não falar besteira.Aliás derrubem a jornada de forma honesta não com conversinha fiada, provem que Uberlandia e os outros municpios que fazem 6 horas não recebem o repasse, pois o programa saúde da familia, PSF, UBSF, são programas do governo federal.

  3. WAGNER GERALDO PRADO disse:

    O que eu tenho a dizer é o seguinte: Que os vereadores antes de ter aprovado a alteração na carga horária de trabalho de tais funcionários, deveriam ter estudado mais o assunto e não pensado somente nos votos.

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