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Pesquisa mostra que itens da lista de material escolar variam até R$ 50 entre estabelecimentos

sex, 15 de janeiro de 2016 08:00

Da Redação

Consumidor é orientado a pesquisar antes de realizar as compras

O Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) realizou, entre os dias 6 e 8 de janeiro, a pesquisa do preços do kit básico de materiais escolares. A equipe esteve em nove estabelecimentos do município e analisou 33 itens.

De acordo com Ana Paula Cipriano, diretora do Procon de Araguari, a equipe analisou os maiores e menores preços dos itens, observando apenas especificações como cor, tipo e peso. “Os produtos foram analisados independente de marcas”.

A variação de preços entre os produtos pode chegar a mais de 1000%, como é o caso da régua de 30 cm, que pode ser encontrada entre os valores de R$ 0,35 e R$ 11,70 (variação de 3242.86%). Outros produtos possuem uma variação menor, como é o caso do caderno brochurão simples de 96 folhas, que varia entre R$ 1,90 e R$ 3,90 (105.26%). “Às vezes a diferença entre as marcas de produtos é de centavos, mas a diferença no total da compra pode ser grande”.

Materiais de uso comum, como folhas sulfite e álcool, não devem ser pedidos pelas escolas

Materiais de uso comum, como folhas sulfite e álcool, não devem ser pedidos pelas escolas

 

A diretora comenta que, de 2015 para esse ano, os preços se mantiveram mais estáveis. “Ano passado os estabelecimentos utilizaram a pesquisa como comparação e reduziram os preços. Esse ano, antes mesmo da divulgação da pesquisa, houve redução”.

Clique aqui e confira a pesquisa realizada pelo Procon

Luana Brito Freire de Resende é mãe de três crianças com idades entre 8 e 4 anos. “Ano passado comprei material para os dois e ficou em torno de R$ 250. Esse ano a mais nova vai para a escola e tenho que comprar material para os três, então, apesar de ainda não ter feito um orçamento, acredito que ficará em torno de R$ 350. A lista de materiais tem aproximadamente trinta itens, mas o pedido é até razoável em comparação ao que é trabalhado na escola. Em minha opinião, apesar de não serem itens obrigatórios, poderiam deixar de fora os materiais de higiene e de uso comum, que deveriam estar inclusos na mensalidade escolar”.

Segundo a diretora do Procon, foram excluídos da listagem 36 materiais que não podem ser pedidos nas listas escolares. “Os materiais de uso comum não podem estar nas listas de materiais das escolas, como papel higiênico, pincel atômico, folhas sulfite, álcool, caixa de grampos, envelopes, giz, grampeador, cola de isopor, dentre outros. É permitido pedir apenas os materiais didáticos para o uso do próprio do aluno”.

A diretora ressalta que, quando forem identificados materiais de uso comum na lista, não é necessário comprá-los. “Não tivemos nenhum problema em relação a esses materiais nos últimos anos. Em 2013, todas as escolas foram orientadas a respeito da lei, mas caso isso aconteça, os pais podem questionar a escola e, se a cobrança continuar, o Procon estará às ordens para atendê-los”.

Os consumidores são orientados a pesquisar antes de realizar a compra dos materiais. “Nossa pesquisa é mais genérica, pois levamos em consideração os preços, mas às vezes existe preferência de marcas. Recomendamos que os consumidores pesquisem bastante, pois a variação de preços é grande entre os estabelecimentos”.

Gracielle Vieira de Paula tem uma filha de dez anos e conta que comprou os materiais escolares em dezembro. “Nos últimos anos tenho comprado antes da chegada das novas coleções, pois elas são sempre mais caras. No final de ano, os materiais ficam em promoção, então, tenho conseguido economizar em torno de R$ 90 a R$ 100 todos os anos”.

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