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Cantinho do Mário – Marionita Póvoa Silveira

sáb, 28 de novembro de 2015 08:00

Abertura-cantinho

Natural de Araguari, nascida aos 31 de agosto. Pais: Manoel da Cruz Póvoa e dona Antonia Luiza Pereira Póvoa. É viúva de Alberto Arinos da Silveira. Filhos: Daniel, Arquiteto e Mariana, Veterinária.

Marionita Póvoa Silveira

Marionita Póvoa Silveira

Passou a infância e juventude em Araguari. Fez o primário na Escola Estadual Machado de Assis, ginásio e colegial na Escola Estadual Professor Antonio Marques. É formada em Economia pela Universidade Federal de Uberlândia, especializada em Engenharia Econômica pela Fundação João Pinheiro e tem pós-graduação em Finança Empresarial pela Universidade Federal de Uberlândia.

Desde jovem era o braço direito de seu pai; o acompanhava no trabalho diário tanto na Cerâmica Cruzeiro como na loja de Materiais Para Construção. Aos dezoito anos de idade tomou à frente dos negócios da família devido a idade avançada do senhor Manoel. Depois do falecimento de seu genitor ainda continuou gerindo o trabalho em sociedade com três irmãos.

Devo acrescentar que nossa amiga tem o dom, sempre aplicada e atenta aos negócios mostrou sua competência dinamizando as empresas da família.

Por fim se casou e resolveu dedicar-se mais a família, entretanto seu marido faleceu e ela teve que deixar seus afazeres em Araguari e foi administrar os negócios do marido em Mato Grosso, onde ficou de 1997 a 2007.

Como a vida sempre nos traz surpresas algumas nada agradáveis, em 2013, foi diagnosticada como portadora de câncer. Aí começou seu calvário, passou por diversos tratamentos, cirurgias, fez mais de 35 quimioterapias e radioterapias, foram dois anos de tratamento intensivo.

Contudo, a Marionita não se deixou abalar. Como ela dizia: ”não tem que sofrer; deixa o tratamento acontecer, tudo passa.” Em  sua penosa estrada perdeu vários companheiros que padeciam do mesmo mal e mesmo assim a esperança a confortava. Ela não disse, mas, interpretei nas entrelinhas da nossa conversa: “o que não me mata me fortalece.”

Devido a sua fé e confiança em Deus, foi se tornando ponto de referência entre pacientes de oncologia, principalmente para aqueles que haviam recentemente descoberto  a doença e ela não se negava a conversar, passar sua experiência, esperança e conforto, ajudando as pessoas a enfrentar o problema sem desespero. Tudo isso com aquele sorriso lindo, aliado a palavras carinhosas. Por fim recebeu alta em 2015.

Acredito que foi um prêmio pela sua generosidade para com o próximo.  Pela sua força, entrega, compaixão, desprendimento e alegria, a chamo de “Irmã coragem.” Nas horas difíceis é muito bom ter alguém como ela por perto. Um super abraço a minha amiga que é um ser humano raro.

CASOS E HISTÓRIAS PITORESCAS DE ARAGUARI

Trabalhei em uma empresa em minha juventude, onde os funcionários eram gente simples e de pouca instrução, naquele tempo o que importava era a mão de obra manual, os raros que possuíam algum  estudo mudavam-se daqui . Entre esses havia o Jacinto, simplório e até parecia meio desequilibrado. Um dia marcaram uma pescaria.  A turma se empoleirou na carroceria de um caminhão e lá vamos nós.

Mal chegamos, o pessoal estava dando banho nas minhocas. O Jacinto, de repente, aprontou um barulhão ao ver um cágado andando indolentemente na margem do rio.

Gritava para seu chefe a plenos pulmões espantando os peixes:

“-Seu Pedro oia o cago na areia, oia o cago na areia!” Repetiu uma dezena de vezes. O Pedro, um senhor de 65 anos de idade e extremamente mau humorado, berrou pro infeliz do Jacinto:

“-Caga onde o senhor quiser, só não me espante os peixes, sua anta.”

Até os macacos deitaram de dar gargalhadas. Quem alguma vez foi em pescarias sabe. Quem não tem dinheiro…

1 Comentário

  1. Anônimo disse:

    Estudou no colégio das Irmãs também em 1973.

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