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Coluna: Direito e Justiça (27/10)

qui, 27 de outubro de 2022 08:10

Direito e Justiça:
EDITORIAL DIREITO E JUSTIÇA.
Nº 3 – 27.10.2022.

O Brasil na hora da verdade:

No próximo domingo – dia 30 de outubro de 2022 –, teremos realizado o segundo turno da eleição presidencial, quando permaneceram para a escolha dos cidadãos e cidadãs do Brasil os dois candidatos mais votados anteriormente. Jamais – como agora – o nosso país, esteve tão polarizado, nunca a nação brasileira esteve tão dividida. Pior: raivosa, revanchista, quando brasileiro odeia brasileiro, esquecendo-se todos de que, no amanhã e no frigir dos ovos e queiramos ou não, teremos que conviver sob um mesmo teto e igual destino, que poderá ser bom ou mau, conforme forem as nossas ações e escolhas políticas.

Seria desnecessário dizer, porque beira o óbvio, mas eu digo assim mesmo por ser relevante: a situação do nosso país é muito perigosa. Estamos completamente divididos e radicalizados, tomados por emoções conflitantes e compulsivas, que somente Freud poderia explicar satisfatoriamente, achamo-nos em uma situação muito mais complicada e complexa do que deveria ser entre compatriotas e “irmãos” de um mesmo rincão tropical e paradisíaco, que se proclama “deitado eternamente sob berço esplêndido” e que se ufana de “fulgurar como florão da América”. Mas, não. Pelo contrário! Basta uma faísca a mais e um fogo incontrolável poderá ter início. Porém, temo que não faltarão incendiários irresponsáveis e de ocasião…

A História da Humanidade doutrina e ensina como e por quais motivos começam as guerras e as revoluções, mas não como acabam. Aqueles eventuais líderes insensatos que não a estudam e que não aprendem com ela serão obrigados a repeti-la, já diziam os antigos pensadores gregos.

. . Os governantes que se omitem quase nunca colherão os resultados que esperariam obter, pois temos múltiplos exemplos de lideranças inábeis – para dizer o menos — que destruíram povos e países. Não precisamos ir muito longe no tempo, bastando que nos debrucemos sob a tormentosa e trágica trajetória do Século XX.
As elites mais burras de qualquer país são exatamente aquelas que desejam tudo para si e nada para os seus povos. Prometem coisas possíveis e impossíveis, mas nada ou pouco cumprem; buscam o poder pelo poder; amealham para si riquezas materiais, muito maiores do que lhes seria necessário para toda a vida, corrompem-se e corrompem os que as cercam, apropriam-se da coisa pública como se ela fosse um bem particular. São egoístas, burras e amorais. Em verdade, não estão minimamente preparadas para os momentos crucias da vida dos seus países. Acabam por perderem tudo e, quase sempre, levam-nos juntos nas suas fatídicas quedas.

Eu também acredito – como muitos – que esta eleição presidencial será de fato a mais importante e decisiva da nossa história recente. Dois lados, dois estilos, dois projetos, duas intenções antagônicas, dois caminhos sem volta. Eu mesmo já fiz a minha opção, mas respeito a escolha do meu irmão brasileiro ou da minha irmã brasileira, caso não coincida com a minha. Isto, sim, é democracia. O voto é a nossa pacífica e certeira através da qual podemos mudar ou manter sem traumas os governos. A alternativa será a violência fratricida. Passado tudo isso, espero que o país se recomponha, para que possa enfrentar e sobreviver às intempéries que se avizinham

Agora, atentem bem para o que lhes vou dizer: as intempéries maiores e mais perigosas serão externas e colocarão em xeque a nossa integridade territorial, como país, e moral, como nação. Potências estrangeiras mal-intencionadas já não conseguem encobrir suas intenções malignas para conosco: cobiçam as riquezas do Brasil em um mundo sob transição de um poder hegemônico unipolar para outro multipolar, um mundo conflituoso e carente de recursos ambientais, alimentares e energéticos, recursos estes que nós temos de sobra. Vivemos, como nunca antes, inseridos em um mundo de lobos ferozes e famintos. Países fracos e divididos irão sucumbir. Quiçá o falecido e brilhante Doutor Enéias tivesse inteira razão, quando fazia ao Brasil e aos brasileiros o seu famoso e sucinto alerta. Lembram-se? Escuso-me de repeti-lo.

Por fim, espero que ainda haja espaço e tempo, uma luz no final do túnel capaz de mudar tudo isso por meios pacíficos, civilizados e normais. E, que todos esses graves acontecimentos já presentes – bem como os inevitáveis futuros — dotem os nossos dirigentes de civismo e patriotismo, cabendo ao povo valer-se de um senso crítico apurado que o capacite a fazer as melhores escolhas. Então, praza a Deus que não venhamos a vivenciar um terceiro e nefasto “terceiro turno eleitoral”. Tal seria uma autêntica catástrofe. Uma infelicidade. Se a coisa engrossar e se eu conseguir, “vou-me embora pra Pasárgada”, pois “lá, sou amigo do rei”. TENHO DITO!

• Rogério Fernal .`.
A mais pura verdade:

O político chega numa vila do interior, e as pessoas se aproximam e falam para ele:
– Senhor, a gente tem aqui dois problemas grandes.
– Qual é o primeiro?
– Não temos médico.
O político pega o celular, caminha falando, volta e diz:
– Pronto! Amanhã chegará um médico. Qual é o segundo problema?
– Aqui não pega celular.

COMENTÁRIO LIVRE:

É claro, eu não posso garantir, mas acredito sinceramente que, se não todas, ao menos a grande maioria das estórias que já se contaram por aí e que se espalharam na boca das gentes, ou viraram lendas ou terminaram por se transformar em piadas, e com muita chance advêm de fatos verdadeiros, mesmo que copiados ou aumentados.
Dizem que “a voz do povo é a voz de Deus”. Talvez aqui não seja, mas poderia ser, pois também se afirma que “o povo aumenta um ponto, mas não inventa”. Além disso, tenho que aderir a um sábio e antigo provérbio português, que se expressa nos seguintes termos: “a esperteza, quando é grande demais, acaba engolindo o esperto”. Há também certo provérbio árabe bastante sugestivo: “acredite em Allah, mas amarre o seu camelo primeiro”. Completa-se por este: “o discurso, combinado com a ação, faz a conduta perfeita”.
Agora, voltando para estas terras tupiniquins:
– “Prudência e caldo de galinha não fazem mal a ninguém”.
– “Mais vale um pássaro na mão do que dois voando”.
– “Mentiras têm pernas curtas”.

 

Todos esses adágios, no seu conjunto, falam por si mesmos. Acredite nas pessoas, mas sempre desconfiando e mantendo-se alerta. O mundo é cheio de tramas, de vilanias e de falsas amizades.
Para finalizar em bom estilo, sem uma absoluta literalidade relembro algumas palavras do célebre poeta lusitano Eça de Queiroz, um severo crítico – para dizer o menos – de toda a classe política do seu país, no Século XIX, que me parece ser tão ruim e nociva por lá como cá, permanecendo incrivelmente atual:
– “Os políticos devem ser trocados de tempos em tempos pelas mesmas razões pelas quais se trocam as fraldas”.

• Rogério Fernal .`.

 

1 Comentário

  1. Eliane disse:

    Eu fico observando o perfil dos eleitores do Lula e o que percebemos é o seguinte: É uma boa leva de craqueiros, maconheiros, presidiários, artistas e cantores fim de carreira que ganhavam dinheiro da Lei Rouanet, gente preguiçosa que não gosta de trabalhar e nem de estudar, gente que vai votar nele esperando liberação de drogas, e o Brasil é um país capitalista e esse governo do PT ensinou o povo a viver na vagabundagem, hoje em dia ninguém quer trabalhar e sim viver do auxílio do governo e ainda por cima pega o nosso dinheiro e dá para os países socialistas de terceiro mundo. Ele gosta também de tirar dinheiro dos aposentados do INSS sem a permissão dos mesmos e enviar para os sindicalistas do Brasil inteiro.

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