Da Redação

Nesta segunda-feira, 2, ocorreu o lançamento oficial da campanha “Agosto Lilás”, no período da manhã, na praça Manoel Bonito, contando com a presença do comandante do 53º Batalhão de Polícia Militar, tenente coronel Célio Tameirão, da vice-prefeita de Araguari, Maria Cecília, secretários municipais, oficiais da 2ª Companhia de Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, da Imprensa e outras autoridades.

Agosto Lilás é uma campanha de enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher, instituída por meio da Lei Estadual nº 4.969/2016, com objetivo de intensificar a divulgação da Lei Maria da Penha, sensibilizar e conscientizar a sociedade sobre o necessário fim da violência contra a mulher, divulgar os serviços especializados da rede de atendimento à mulher em situação de violência e os mecanismos de denúncia existentes.

Em Araguari, há cerca de 15 anos, a Polícia Militar realiza a campanha, visando o enfrentamento a essa violência, realizando ações preventivas para alertar a população e, especialmente, as mulheres que sofrem situações de abusos, ameaças e agressões dentro de seu lar. “A mulher não precisa aceitar isso, ela pode buscar ajuda, inclusive da Polícia Militar. Vamos alertar as mulheres durante todo o mês sobre como agir e pedir auxílio para que não sofram violência dentro do lar”, explicou o comandante PM do 53º BPM à Gazeta do Triângulo.

De acordo com números do Ministério Público (MPMG), em Araguari, em todo o ano de 2018 foram registrados 681 casos de violência doméstica e 733 casos em 2019. Já em 2020, os dados apontam 768 vítimas. No primeiro semestre de 2021 já foram 340 casos.

Os números apontam uma leve diminuição na quantidade desses crimes na cidade quando comprando o primeiro semestre de 2020 e 2021, porém, conforme a polícia relatou, a informação ainda deve ser analisada com cuidado. “Isso não diz muito, pois sabemos que muitas mulheres sofrem agressões, mas não procuram a Polícia Militar ou outras autoridades. Assim, precisamos divulgar essas informações”, pontua o comandante. Ainda, durante a pandemia, a crise econômica, o aumento do desemprego e a diminuição da renda podem ser fatores agravantes em termos de estresse emocional e conflitos familiares dentro de casa.

Dentre as ações previstas para serem realizadas durante todo o mês de agosto, estão blitzen educativas, palestras, lives e reuniões, com o objetivo de explicar os crimes cometidos e as formas de obter socorro.

As mulheres que passam por agressões, sejam elas físicas ou psicológicas, feitas por marido, companheiro ou namorado, podem procurar a Polícia Militar, Ministério Público e outros órgãos de ação social na cidade.

Outro recurso importante, que está em pleno funcionamento durante a pandemia de Covid-19, é a Delegacia Virtual. É uma ferramenta que pode ser acessada pela internet no endereço: www.delegaciavirtual.sids.mg.gov.br.

Neste ano, completam-se 15 anos da Lei Maria da Penha e também do lançamento da Patrulha de Violência Doméstica no 53º BPM, que sempre atuou em conjunto com a Rede de Proteção à Mulher (Poder Judiciário, Ministério Público, Polícia Civil, Poder Executivo, Poder Legislativo e sociedade civil organizada).