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Aglomerações continuam acontecendo no município mesmo com restrições relacionadas à pandemia da Covid-19

qui, 16 de julho de 2020 11:39

Da Redação

Ao que tudo indica, as 1050 notificações de casos confirmados de Covid-19, além dos 23 óbitos ocasionados pela doença no município não bastaram para chamar a atenção da população araguarina. Mesmo após meses de vivência de uma pandemia, que impôs algumas restrições e recomendações, não foi o suficiente para conscientizar os munícipes e fazer com que seguissem o isolamento social.

Nas últimas semanas foi possível perceber um aumento considerável na realização de confraternizações residenciais em diversos pontos da cidade. A situação ainda tem sido amplamente exposta nas redes sociais, gerando comentários sobre a irresponsabilidade dos envolvidos. Em um dos casos, um internauta, que não quis ser identificado, destacou a exposição de uma enfermeira que trabalha na linha de frente da Covid-19 e participou de uma resenha com amigos no último fim de semana. “É triste vermos essa atitude de uma pessoa como essa, informada sobre o assunto e que lida diretamente com os casos, ter tamanho descuidado”, declarou.

Segundo a PM, uma média de 18 denúncias diárias foram realizadas no último fim de semana

Segundo a PM, uma média de 18 denúncias diárias foram realizadas no último fim de semana

 

Em breve contato com a reportagem, o tenente Reinaldo da Polícia Militar (PM), contou que são recorrentes casos como estes na cidade neste momento. Ele ainda disse que a PM escala diariamente uma equipe que trabalha no sentido de dar apoio às fiscalizações sanitárias da prefeitura. “Mas, têm várias festas ocorrendo mediante a perturbação ao sossego, com grande aglomeração de pessoas e a PM está apurando para garantir o poder de policiamento da fiscalização”, destacou o tenente.

O 1º tenente Washington da PM, destacou que na maioria dos casos são festas clandestinas, e que somente no último fim de semana foram registradas uma média de 18 ocorrências diárias. Na oportunidade, ele pediu a conscientização da população para que evitem aglomerações desnecessárias, tendo em vista o difícil momento vivido.

“A doença é altamente contagiosa e pode até matar. É importante lembrar sobre a atitude de higienização das mãos, uso de máscaras, distância segura entre as pessoas em vias públicas, e principalmente, evitar aglomerações em confraternizações. Tudo isso é o que nos resta para termos maior segurança. E quero lembrar a todos que nós temos familiares que podem não suportar esse vírus, então vamos fazer a nossa parte, para a gente evitar ao máximo as consequências tão tristes que essa doença vem trazendo para a população mundial” acrescentou o tenente Washington.

A reportagem entrou em contato com a coordenação da Vigilância Sanitária para se inteirar sobre o assunto. Leonardo Castro, responsável pelo departamento, informou que, no início do enfrentamento à Covid-19 no município, houve uma grande demanda de ocorrências, resultando na descentralização das ações que agora foram unificadas e passaram a ficar na responsabilidade da força tarefa do município, competência da Secretaria de Fazenda.

Em entrevista, o secretário de Fazenda, Ailton Donizete, disse que a principal tarefa continua sendo executada pela PM, uma vez que, a central de recebimento das denúncias é o 190, direcionado à Companhia. Cabe à prefeitura, a fiscalização sobre os alvarás de funcionamento dos estabelecimentos comerciais e industriais, verificando se os mesmos estão cumprindo o protocolo e Deliberação nº 17. Ele destacou que, mediante esta norma, está proibida a realização de reuniões com mais de 30 pessoas, mas, grande parte das reclamações atuais se referem ao crime de perturbação ao sossego.

Na oportunidade, o secretário aproveitou para pedir a conscientização da comunidade araguarina: “A orientação é que não é o momento de as pessoas promoverem esse tipo de evento nem que seja dentro do limite tolerado. Quando se promove reuniões com pessoas que não são da mesma família, há chances maiores de contaminação da doença. Estamos acompanhando esse momento crítico com o pico agora no mês de julho em nossa cidade, mas, infelizmente percebemos a tendência, principalmente dos jovens, em burlar a norma para fazer festas particulares com grandes aglomerações”, destacou.

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