2013, um ano marcante para o cinema nacional
Por muito tempo o cinema nacional ficou estigmatizado. A maioria da população torcia o nariz: “só tem violência e pornografia”. É certo que clássicos do cinema nacional causaram furor ao tratar dessas temáticas, mas fazer arte tem dessas coisas. Outros tantos, apesar de serem ótimos, sequer chegaram ao conhecimento geral.
Muito se discutiu sobre como acabar com esse preconceito dos brasileiros, alavancar o cinema nacional, ter sucessos de bilheteria. Uma das dificuldades seria o próprio estigma do que é “um filme brasileiro”. Favela, pobreza, violência e pornografia. Faltava um pouco daquele conflito universal, falar de um sentimento ou conflito que pudesse ser compreendido em qualquer lugar do mundo. Faltava gênero – suspense, policial, terror, comédia.
Mas isso está mudando. O cinema nacional fechou o ano com a marca impressionante de 115 filmes lançados. Há duas décadas não se produzia tanto. O resultado disso não veio só de blockbusters, como Minha mãe é uma peça (com 4,6 milhões de espectadores) e Vai que dá certo (2,7 milhões). Os chamados filmes médios, com público entre 100 mil e 500 mil pessoas, como Cine Holliúdy (450 mil) também contribuíram. Veja abaixo a lista dos filmes brasileiros mais vistos do ano.
1. Minha mãe é uma peça
Público: 4.600.145 – Renda: R$ 49.533.218,31
2. Vai que dá certo
Público: 2.729.340
Renda: R$ 28.990.665,92
3. Meu passado me condena
Público: 1.985.093
Renda: R$ 21.742.484,33
4. Somos tão jovens
Público: 1.715.763
Renda: R$ 18.253.649,24
5. Faroeste caboclo
Público: 1.469.743
Renda: R$ 15.559.965,39
6. O concurso
Público: 1.320.102
Renda: R$ 14.125.213,83
7. Mato sem cachorro
Público: 1.130.367
Renda: 11.554.297,00
8. O tempo e o vento
Público: 705.092
Renda: R$ 7.656.266,35
9. Odeio o dia dos namorados
Público: 457523
Renda: R$ 4.492.895
10. Cine Holliúdy
Público: 451.127
Renda: R$ 4.608.633,17
* Fonte: Ancine
Álbum inédito de Johnny Cash
“Out among the stars”, tem lançamento previsto para 5 de março de 2014, segundo informações da agência Associated Press. A gravação do disco foi feita com Billy Sherrill no início dos anos 1980, mas a Columbia Records desapareceu com o álbum antes de lançá-lo, quando a empresa abandonou Cash em 1986. Por sorte, Cash e a esposa June Carter guardaram as fitas com as gravações.
Metallica toca abaixo de zero
Eles têm bons álbuns, músicas que estão marcadas em nossos corações juvenis. Gosto deles, confesso. Mas sejamos francos, não dá para ter orgulho de ser fã do Metallica. Talvez desde os tempos do Napster, ou até antes. Para quem provavelmente está beiçudo com o meu comentário, recomendo o documentário Some Kind of Monster. Por ora, visualize: a banda viajou até a Antártica para fazer um show que eles chamaram de Freeze ‘Em All (“congele a todos”, alusão ao primeiro disco, Kill ‘Em All). A ação em parceria com a Coca-Cola Zero tinha como objetivo “chamar a atenção do planeta para difundir a importância do continente”.
Filme critica presidente Dilma e governador Eduardo Campos
Em trânsito, do cineasta Marcelo Pedroso, o personagem principal descobre que seu barraco improvisado foi demolido para a construção de um viaduto. Como ele recebeu uma ligação com a gravação da voz do governador Eduardo Campos, pedindo voto para o então candidato a prefeito Geraldo Júlio, minutos antes, ele acredita que os dois fatos estejam ligados e resolve planejar uma vingança. Também há uma gravação com a voz da presidente Dilma Rousseff. O curta, patrocinado pelo Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura) não se deteve nas críticas diretas, mesmo recebendo recursos estatais.
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