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Coluna: Saúde Alerta (25/08)

qua, 25 de agosto de 2021 12:29

#EscolhaOLaranja você também!

Desde 2014, o mês de agosto ganhou cor em prol da conscientização da doença autoimune que mais acomete jovens adultos em todo o mundo: a esclerose múltipla. O Agosto Laranja foi criado pela AME – Amigos Múltiplos pela Esclerose, com o objetivo de ser um movimento coletivo para desmistificar essa condição crônica de doença e fomentar o diagnóstico precoce, mais qualidade de vida, acolhimento, respeito e dignidade para quem convive com a doença, seus amigos e familiares. #EscolhaOLaranja você também!

O Brasil celebra, no dia 30 de agosto, o Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla. A data foi resultado do esforço da Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM) para dar mais visibilidade à doença e seus impactos na vida das pessoas. Por isso, o agosto laranja é considerado o mês de conscientizar os brasileiros sobre essa doença e a importância de sua prevenção.

A esclerose múltipla é uma das doenças relacionadas ao sistema nervoso central mais comuns no mundo. Atualmente, de acordo com a MS International Federation, existem mais de 2,3 milhões casos de Esclerose Múltipla, condição que afeta uma média de 35 mil brasileiros.

A Esclerose Múltipla é a doença autoimune, do sistema nervoso central, que mais acomete jovens adultos no mundo inteiro, sendo uma doença que se manifesta por meio de diversos sintomas e sinais, podendo ser diferentes, dependendo das áreas afetadas pelo acometimento, indo desde alterações de sensibilidade, até perdas de visão e equilíbrio, por exemplo. Esses pacientes, de forma frequente, alternam entre períodos sintomáticos, os chamados surtos, e períodos de recuperação.

É uma doença crônica, autoimune, desmielinizante, inflamatória, que afeta o sistema nervoso central que é composto pelo cérebro e medula espinhal.

Essa doença afeta o nosso sistema imunológico, responsável por combater agentes externos como vírus e bactérias, ataca a bainha de mielina dos neurônios (por isso desmielinizante). Essa bainha de mielina funciona como a capa de um fio elétrico (um condutor, mas também age na manutenção do neurônio) que, quando perdida, acaba gerando dano na função do neurônio.

Embora seja uma doença crônica, existem medicamentos que reduzem sua atividade, permitindo que as pessoas tenham uma melhor qualidade de vida.

O mundo ainda está aprendendo sobre o coronavírus e suas consequências. Em um primeiro momento, foi normal que houvesse uma apreensão sobre quais seriam os riscos potenciais de contaminação pelo Covid-19 e quais seriam seus impactos sobre os pacientes com esclerose múltipla.

Com muita observação e considerando dados provenientes de outros países, como Espanha e Itália, constatamos que poucos pacientes com esclerose múltipla foram contaminados pelo coronavírus, em relação a outros grupos de pacientes com doenças neurológicas crônicas. A evolução destes pacientes tem sido mais benigna do que o esperado, já que a maioria está em tratamento com imunomoduladores com maior ou menor potência, e tem a sua imunidade alterada.

As evidências atuais mostram que simplesmente ter Esclerose Múltipla não aumenta a probabilidade de você desenvolver COVID-19 ou ficar gravemente doente ou morrer devido à infecção do que a população em geral. No entanto, alguns grupos de pessoas com a patologia são mais suscetíveis a um caso grave de COVID-19.

Um dos principais objetivos é derrubar barreiras sociais que fazem com que pessoas afetadas pela doença se sintam sozinhas e socialmente isoladas. Ações coletivas são uma oportunidade para defender melhores serviços. Para o setor de pesquisa, é uma oportunidade de mostrar resultados e de chamar a comunidade de pacientes para que procurem se envolver no assunto, com pessoas e trabalhos sérios e responsáveis.

Dentro da comunidade médica, a proposta é que a data seja um momento de educação para aqueles que não estão envolvidos habitualmente no atendimento, aprendendo sempre mais sobre a doença e seus impactos. Para os médicos que tratam a esclerose múltipla, estas datas trazem oportunidades de uma maior conexão com os pacientes, trazendo informação e mostrando o quanto a relação médico-paciente pode ser importante para a avanço de tratamentos.

O tratamento da esclerose múltipla tem evoluído muito rapidamente nos últimos anos e novas alternativas não param de surgir. A fase atual na pesquisa sobre a doença é boa, com um conhecimento cada vez mais aprofundado sobre os mecanismos de lesão da doença e, consequentemente, com tratamentos mais eficazes e específicos para os diferentes tipos de evolução dos pacientes.

Nos últimos doze meses, vários novos medicamentos entraram em comercialização, situação cada vez mais frequente e, até então, bastante rara. Hoje existem formas diferentes de tratar pacientes com características específicas e uma possibilidade de conseguir uma melhor evolução a médio e longo prazo como nunca existiu antes.

1 Comentário

  1. Rossi Henrique Figueiredo disse:

    Muito útil estás informações, Já perdi um cunhado com a ELA , Muito ruím e tbem uma Amiga todos abaixo de 40 anos. Deus abençoe vcs profissionais na corrida para conseguirem a cura , quem sabe em um futuro próximo. AMÉM.

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