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Vacinação de gestantes reduz risco de bronquiolite grave em recém-nascidos

qui, 11 de dezembro de 2025 08:00

Da Redação

Foto 1: A vacinação contra o VSR está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde

A bronquiolite é uma doença respiratória aguda que atinge principalmente crianças com menos de dois anos, caracterizada pela inflamação dos bronquíolos — pequenas vias aéreas dos pulmões. É causada, na maioria das vezes, por infecções virais, sendo o vírus sincicial respiratório (VSR) o agente mais comum. Outros vírus também podem desencadeá-la, como adenovírus, parainfluenza, influenza e rinovírus.

Existem dois principais tipos de bronquiolite. O primeiro é a bronquiolite viral, que acomete especialmente crianças menores de dois anos, com maior incidência no inverno. Trata-se de uma condição aguda. Entre os sintomas mais frequentes estão obstrução nasal, irritabilidade, coriza clara, tosse, febre, dificuldade para respirar, respiração rápida e sibilância (chiado no peito). Em casos mais graves, podem surgir sonolência, cianose (arroxeamento dos lábios e extremidades), gemência ao respirar e até pausas respiratórias.

O segundo tipo é a bronquiolite obliterante, uma doença pulmonar crônica que ocorre mais comumente em adultos. Ela resulta de processos inflamatórios ou infecciosos que impedem a recuperação adequada do tecido pulmonar. Os sintomas incluem tosse seca e persistente, febre baixa, cansaço, perda de apetite e dificuldade respiratória.

O diagnóstico da bronquiolite é feito com base na história clínica, no exame físico e no cenário epidemiológico. Em alguns casos, podem ser solicitados exames complementares, como oximetria de pulso, radiografia de tórax e testes para detecção do VSR em amostras nasais, especialmente em crianças gravemente enfermas.

Como a maioria dos casos é causada por vírus, não existe tratamento específico para a bronquiolite. O manejo consiste no alívio dos sintomas, com terapia de suporte, hidratação adequada, suplementação de oxigênio quando necessário e uso de broncodilatadores em situações de chiado evidente.

A prevenção envolve medidas simples para reduzir o risco de infecções respiratórias, como lavar as mãos com frequência — preferencialmente com álcool em gel —, evitar contato próximo com pessoas resfriadas ou gripadas, especialmente no caso de bebês e crianças pequenas, e cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar, para evitar a disseminação de partículas virais no ar.

Com base nesses cuidados, a Prefeitura de Araguari, por meio da Secretaria de Saúde, disponibiliza a vacina contra o VSR, fundamental para proteger os recém-nascidos, que são mais suscetíveis às formas graves da doença. Ao receber a dose durante a gestação, a mãe produz anticorpos que atravessam a placenta e são transmitidos ao bebê, garantindo proteção nos primeiros meses de vida e reduzindo o risco de complicações respiratórias.

A Secretaria Municipal de Saúde, sob a gestão da secretária Thereza Griep, tem reforçado as ações de prevenção e cuidado com a saúde materno-infantil, ampliando o acesso à vacinação contra o VSR para gestantes em todas as Unidades Básicas de Saúde do município.

“A oferta da vacina contra o VSR para gestantes representa um avanço importante na proteção dos nossos bebês. Ao ampliar esse acesso na rede pública, reforçamos o cuidado integral com a saúde materno-infantil”, destaca a secretária de Saúde, Carina Portão.

O prefeito Renato Carvalho ressaltou que a vacinação é mais uma iniciativa que demonstra o compromisso da gestão com a prevenção e a saúde pública. “Estamos investindo em ações que protegem vidas desde o início, garantindo mais segurança e qualidade de vida para nossas crianças e suas famílias”, afirmou.

O vice-prefeito Wesley Lucas também reforçou a importância da imunização como estratégia fundamental para reduzir casos graves e internações infantis.

A vacinação é indicada para gestantes a partir de 28 semanas e está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde, com atendimento das 8h às 16h30. Para se vacinar, a gestante deve procurar a unidade mais próxima de sua residência, levando documento com foto e o cartão de vacinação.

Foto 2: Ao se vacinar, a gestante transfere anticorpos ao bebê, reduzindo o risco de bronquiolite grave nos primeiros meses de vida.

 

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