STF considera ilegal lei que efetivou servidores sem concurso público
sáb, 29 de março de 2014 01:05Em Araguari ainda não foi possível precisar quantos profissionais serão afetados
DA REDAÇÃO – Servidores ativos da rede estadual de ensino em todo o Estado serão afetados pela decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), dada na última quarta-feira, 26, considerando inconstitucional a Lei 100 de 2007. A informação é do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-Ute/MG).
A Lei Complementar 100 efetivou 88.104 servidores públicos em Minas Gerais, em 2007. A legislação atinge 98 mil trabalhadores, que em sua maioria estão ligados à secretaria Estadual de Educação e o restante, dividido em diversos órgãos da unidade federativa, segundo consta no processo movido pela Procuradoria-Geral da República.
A sentença ainda não tem data marcada para ser publicada, assim, o governo aguarda orientações da Advocacia-Geral do Estado para cumprir a determinação do STF. Segundo os ministros do Supremo, após isso, o Estado terá 12 meses para ocupar os cargos; os servidores que não são concursados voltam à condição de designados.
Na tentativa de resolver o problema, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais anunciou nesta quinta-feira que estuda entrar com uma ação por danos morais contra o governo. Conforme ressaltou a presidente do Sindicato, Beatriz Cerqueira, a ação será movida com base no propósito de que o governo garantiu que os servidores seriam efetivados.
Uma manifestação foi marcada pelo Sind-UTE para o dia 3 de abril, quinta-feira. Os servidores devem se reunir às 14h no pátio da ALMG para cobrar uma negociação com o Governo do Estado. Todos aqueles que se sentiram lesados com a Lei 100 estão convidados a participar.
O coordenador do SindUte subsede Araguari, José Luiz da Costa, foi procurado para esclarecer a situação e falar à respeito da situação dos servidores do município, entretanto não foi encontrado.
ALMG irá acompanhar o caso
A Assembleia Legislativa de Minas Gerais irá acompanhar as consequências do julgamento de inconstitucionalidade da Lei 100. Uma audiência pública da Comissão de Administração Pública foi requerida pelo deputado Rogério Correia e irá acontecer no dia 8 de abril, às 9h, para debater os problemas da educação no Estado.
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Espero que realmente o que é certo seja cumprido, os brasileiros tem o costume do famoso jeitinho à brasileira sem se preocupar se o que faz está certo. Lamento pelos trabalhadores da educação, mas o justo é que sejam efetivados aqueles que prestaram concurso, acredito que os demais sabem disso…..
Não concordo que tem que passar no concurso não. Concurso nao mede a capacidade de ninguém o sr. atonio lamenta porque ele nao tem mae professora que precida do salario para dar conta de casa. Perguntar nao ofende cade a sind ute de araguari nao faz nada para os professores cade o presidente da sind ute que nao foi encontrado cade. O justo nao e concurso e sim o tempo dos professores para dar aula nao é fácil. Esses professores tinha que parar de dar aula e colocar a presidente do Brasil sentada numa cadeira. Brasil nao tem jeito falta os políticos.
Brasil é uma vergonha.
Sra MADALENA, em relação à necessidade de concurso público para a ocupação de cargo PÚBLICO, desde 1988 vigora em nossa Constituição Federal a regra da obrigatoriedade e, logo, deve valer a todos os cidadãos: professores ou não, pais ou mães de família. Essa é a forma isonômica (igualitária) de ingresso na carreira pública. Talvez a falta dessa informação se deva ao fato de que o brasileiro conhece pouquíssimo as leis basilares da nossa república e, desinformado que é, se contenta com situações precárias, nascidas de atos ilegais praticados por nossos governantes que contam, justamente, com o desconhecimento da lei que nós brasileiros fazemos questão de estamparmos nas nossas conversas diárias. Quanto ao representante do Sind-Ute Araguari, Sr José Luiz, provavelmente ele não foi encontrado pois ministra aulas, no turno da manhã e tarde na Escola Estadual Madre Maria Blandina, onde o encontro diariamente cumprindo a árdua tarefa, mas gratificante, de educar os nossos araguarinos e, mais que isso, incentivá-los a lutar contra todos os atos de injustiça como esse que se instalou com o sancionamento da Lei Complementar nº100/07. A propósito, sou professora que sustenta um lar, aprovada em concurso público, no qual sequer fui nomeada, e milito na advocacia araguarina; e, claro, não compartilho com a ideia do exercício de cargo público sem a devida aprovação em concurso. Atenciosamente, Iara Neves
Bela jogada política do PT. Porque o STF não julgou inconstitucional a lei em 2007? Só agora perto das eleições.