Sobre Gazeta do Triângulo
Gazeta do Triângulo – 83 anos de história
Fundado em 7 de março de 1937, o jornal Gazeta do Triângulo para manter-se na vanguarda da informação com credibilidade e ampliar sua propagação com fidelidade e respeito junto a seus milhares de leitores e anunciantes, tem resistido com êxito às adversidades encontradas ao longo do tempo, apostando firmemente em propostas otimistas e empreendedoras, tanto em recursos humanos como nas inovações técnicas. Tudo isso, o faz sentir-se forte, nesses oitenta e três anos de existência de vida útil e ativa, como uma árvore frondosa plantada em solo fértil produzindo bons e saudáveis frutos em prol da cidade de Araguari e do Triângulo Mineiro.
Parafraseando Dr. João Nascimento Godoy, conceituado diretor do jornal na década de 50: “O programa da Gazeta do Triângulo é vasto e profundo. Dependerá do apoio que lhe derem os araguarinos, os triangulinos e os goianos. Para frente e para o alto! Continuemos a longa, porém meritória jornada. Nós podemos passar, mas Gazeta do Triângulo nos sobreviverá”.
Hoje, após mais de oito décadas de fundação do jornal, as sábias palavras do ilustre diretor nos fazem refletir, olhando pelo retrovisor do tempo, rememorando a trajetória de lutas e conquistas daqueles abnegados servidores da nossa imprensa. Atualmente, sob a batuta de novos empreendedores e idealistas podemos visualizar, também, o quanto evoluiu e está evoluindo esse importante órgão de informação. Jornal este que ocupa lugar de destaque com expressividade e trânsito livre na sociedade araguarina pelo seu dinamismo, pontualidade, atuação e participação, como respeitado e íntegro formador de opinião dos destinos da nossa terra, da nossa gente. Como dissera um grande amigo e leitor do jornal: “O Gazeta faz parte da minha vida, é minha primeira leitura pela manhã.”
- Chegada de uma máquina linotipo na sede da Gazeta em 1956. Foto: Arquivo
Esse é o jornal Gazeta do Triângulo que neste ano completou 83 anos de história forjados pelo idealismo, determinação e superação dos nossos antepassados e, atualmente, pela ousadia, inovação e profissionalismo de uma nova geração que o conduz com maestria, comprometimento com a causa jornalística e entusiasmo sempre em busca da veracidade de suas publicações. Nada se perdeu pelo tempo, ao contrário, pois permaneceram os mesmos ideais, hoje, transformados e modificados, tremulando a mesma bandeira de compromissos e de valores para bem servir àqueles que o mantiveram vivo e atuante até o momento: a sociedade araguarina.
Revirando as páginas de sua história, retroagimos no tempo e nos deparamos com suas origens e com seus pioneiros na labuta incansável para colocar a lume aquele que seria um dos mais importantes órgãos de imprensa de Araguari. Sua trajetória, desde seu nascimento aos tempos atuais, pode ser dividida em cinco importantes e distintos períodos. Inicialmente, com seu fundador, Bolivar Bittencourt, que juntamente com uma equipe de entusiasmados e dedicados cidadãos da sociedade local, entre eles, seu primeiro diretor João Alamy Filho e Odilon Paes de Almeida, redator e secretário, na manhã daquele histórico 7 de março de 1937, fez chegar ao conhecimento do público leitor o primeiro exemplar do jornal Gazeta do Triângulo rodado na pequena e improvisada gráfica instalada em sua própria residência, situada à rua Rui Barbosa, 30.
Desde a primeira publicação deu mostras de sua capacidade e de seu espírito de competitividade disputando espaço com os existentes e tradicionais jornais “Albor” e “Triângulo”. No início da década de 1940, morre seu fundador e anos depois deixa suas instalações provisórias e passa a ocupar novo endereço, na rua Afonso Pena, 480. Esse primeiro período do jornal, administrado pela família Bittencourt, durou nove anos e encerrou-se na edição nº 499, de 28 de abril de 1946.
- Edição do dia 7 de março de 1937
Adquirido pela Paróquia do Senhor Bom Jesus da Cana Verde, a edição especial do quingentésimo exemplar do jornal, de 5 de maio de 1946, assinalou o início do segundo período de sua existência que durou 18 anos, de 1946 a 1964, sob a administração da Empresa Mercantil Gazeta do Triângulo S/A. Esse feito somente foi possível graças a iniciativa dos Padres Eloi Kee e Ambrósio Smits e de mais vinte e cinco voluntários que formaram um grupo de acionistas tendo à frente o advogado Patrocínio Valverde de Morais.
Inicialmente, com propostas vocacionadas a divulgar as atividades e ações da igreja católica, o jornal tomou novos rumos a partir da década de 50. Foi nesse período que a empresa adquiriu a primeira máquina de linotipo de Araguari e passou a ter edições diárias do jornal, fato ocorrido a partir de 7 de março de 1956, por ocasião das comemorações do seu 19º aniversário. Nessa época, entre ilustres personalidades da sociedade araguarina que integravam, voluntariamente, a equipe do jornal, destacamos o advogado João Nascimento Godoy, João Domingos, Padre Nilo Tabuquini, Abdala Mameri e tantos outros abnegados colaboradores.
Ainda pertencente à igreja católica, em 30 de agosto de 1964, o jornal passa a ser administrado pelo Centro de Estudos Gerais e Oratória – CEGO, entidade araguarina formada por jovens com ideais de renovação da qual faziam parte Dr. Neiton de Paiva Neves, Márcio Marra de Resende, Ronan Acácio Jacó e tantos outros que despontaram no cenário de Araguari. O período do CEGO à frente do jornal, devido às dificuldades e instabilidades enfrentadas, à época, foi muito curto, pouco menos de dois anos e, em 1º de janeiro de 1966, publicou a última edição sob sua responsabilidade. A partir dessa data, a igreja resolveu fechar o jornal, mas surgiu uma luz no fim do túnel; um de seus colaboradores decidiu tocar em frente e passou a administrar o Gazeta do Triângulo: Afif Rade.
Começa, desde então, um quarto período de lutas do jornal, tendo à frente o libanês Afif Rade que aportando em Santos/SP, em 1924, naturalizou-se brasileiro, tornando-se um defensor intransigente da sua nova terra – Araguari –. Sua paixão pela imprensa escrita, seu trabalho de dedicação e amor à causa, embora não tenha assinado nenhum artigo de sua autoria, o fez ser conhecido em toda a região. Com uma administração marcada por altos e baixos, contando com o apoio de vários colaboradores, entre eles, o jornalista Odilon Neves, Mário Nunes, professor Abdala Mameri, José Eustáquio Valverde Morais e tantos outros. Durante 38 anos manteve ativo esse jornal e no dia 24 de setembro de 2004 passou o bastão para o advogado e empresário Darli Amaral, proprietário da empresa Araguari Comunicações.
Ao completar o seu octogésimo terceiro aniversário, o Grupo Amaral, há dezesseis anos à frente do jornal Gazeta do Triângulo, assinala com pena de ouro mais uma data comemorativa de sua fundação, na certeza absoluta da consciência tranquila do dever cumprido em prol à sociedade araguarina e da região na condução da informação com credibilidade. “É a Gazeta do Triângulo resgatando a sua história, pois em passado não tão distante, esse trabalho de integração foi realizado com resultados excelentes. É a Gazeta alargando horizontes na divulgação de nossas riquezas, tradições e costumes. Assim é que se faz uma imprensa comprometida com a história e com a verdade. Se nós nos orgulhamos do trabalho extraordinário de tantos profissionais que por ela passaram, ao folhearmos as páginas da Gazeta do passado, temos certeza que a nova geração também se sentirá orgulhosa de fazer o mesmo trabalho”.
Neste breve histórico, em nome do Grupo Amaral, cumprimentamos a Família Bittencourt, a igreja católica e a empresa Mercantil Gazeta do Triângulo S/A, ao Centro de Estudos Gerais e Oratória – CEGO e a Afif Rade por terem sido responsáveis e partícipes de quatro importantes períodos de transição desse jornal.
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