Da Redação

Usuários se referem a defeitos, atraso e superlotação nos veículos

Os usuários do transporte coletivo têm reclamados das condições estruturais dos veículos oferecidos pela empresa Sertãozinho Transporte Coletivo (Sertran). Além disso, problemas de superlotação e atrasos também foram apontados.

De acordo com a usuária Maria Helena Ferreira, os veículos que circulam do Portal dos Ipês estão com os vidros quebrados e as portas não fecham corretamente. “Esses coletivos são uma vergonha. Estavam sem vidros e os usuários tiveram que ficar amontoados de um lado só. Nós pagamos pela passagem e temos que andar em ônibus defeituosos”.

 

O usuário José Carlos da Silva afirma que a solução é contratar uma nova empresa para prestar o serviço. “Alguns ônibus estão estragados, com bancos rasgados e com mau cheiro, além de quase sempre chegarem atrasados. Estamos pagando para sofrer. Temos nossos direitos e merecemos um transporte de boa qualidade”.

Além das condições estruturais dos veículos, os usuários também reclamam de atrasos e superlotação. Jéssica Oliveira utiliza o transporta coletivo durante a semana e afirma estar insatisfeita com a qualidade do serviço oferecido pela empresa. “O ônibus que passa no bairro São Sebastiao fica superlotado, pois é só um para atender os bairros Alan Kardek, Vieno, Goiás Parte Alta e São Sebastião. Nós merecemos um serviço melhor”.

A empresa Sertran oferece o serviço no município através de um contrato emergencial, que foi renovado seis vezes. A prefeitura iniciou um processo licitatório para a contratação de uma nova empresa, porém, a licitação foi suspensa a pedido do Tribunal de Contas do Estado, por indícios de irregularidade.

Segundo o vereador Wesley Lucas Mendonça (PPS) há suspeitas de que a empresa Sertran seja protegida pelo órgão público. “Existem diversas reclamações relacionadas à empresa, porém, a prefeitura tem insistido em renovar o contrato emergencial. Quando a prefeitura cancelou o contrato da Expresso Cidade, que prestava o serviço de transporte coletivo anteriormente no município, foi organizada uma megaoperação. A prefeitura conseguiu romper o contrato com a empresa e em seguida contratou a Sertran”.

O vereador comenta que o órgão público poderia ter solucionado a questão do processo licitatório. “Se a prefeitura estivesse preocupada em resolver a problemática, poderia ter deixado de renovar o contrato com a Sertran e procurado outra empresa, mesmo que fosse para um novo contrato emergencial. A questão do processo licitatório também poderia ter sido resolvida. Quando há suspenção por parte do Tribunal de Contas, a prefeitura tem o poder discricionário de colher o processo, fazer as correções e publicá-lo novamente, porém, o processo ficou suspenso por dois anos e somente agora o órgão público está refazendo a licitação. Poderia ter havido uma ação mais concreta em prol dos usuários, que tem sofrido com esse transporte coletivo”.

Wesley Lucas ressalta que recebe ao menos duas reclamações diariamente sobre o transporte municipal. “Além da questão estrutural, os usuários reclamam bastante dos atrasos dos ônibus que, algumas vezes, não passam nos pontos. Quando as pessoas marcam consultas ou têm algum compromisso importante, elas evitam utilizar o transporte coletivo, pois não sabem se eles vão chegar no horário”.

O vereador também aponta que as plataformas para cadeirantes não funcionam corretamente. “Temos outros problemas, como a linha do Bela Suíça e Portal de Fátima, que no final da tarde é extremamente lotada e os moradores vem solicitando mais um veículo. Recebo reclamações também sobra a falta de estrutura nos pontos de embarque e de motoristas que não respeitam a velocidade para poder cumprir com os horários. São várias as dificuldades do transporte coletivo, mas estamos cobrando soluções”.