Da Redação

 

A 1ª Vara Criminal programou várias sessões do Tribunal do Júri para o restante desse ano. Uma delas, no dia 5 de dezembro, chama a atenção, pois serão julgados dois acusados de participação em um dos crimes mais brutais dos últimos tempos em Araguari.

 

Eles foram denunciados por homicídio qualificado e corrupção de menores, em razão da morte de Roberto Carlos de Sena, 41 anos, que veio a óbito após ter 100% de seu corpo queimado na madrugada do dia 15 de abril de 2016, no bairro Santa Terezinha.

 

Na época, as investigações da Polícia Civil apontaram que a vítima teria sido agredida por um grupo de pessoas que estava em uma residência na rua Columbia, onde ocorria uma festa.

 

Foi constatada que a motivação do crime teria sido a reputação da vítima, que possuía passagens por furto e receptação. Roberto Carlos foi reconhecido pelas pessoas, momento em que um dos participantes da festa teria se desentendido e agredido Roberto, que permaneceu desacordado por algumas horas.

 

Ainda conforme apurado pela investigação, no fim da festa, os acusados, com a ajuda de dois menores de idade, carregaram o corpo para próximo de uma árvore e atearam fogo na vítima, que ainda estava com vida.

 

Um morador contou, naquela oportunidade, que acordou com os gritos de uma pessoa, que se encontrava tomada pelas chamas na porta de sua residência. Segundo o Corpo de Bombeiros, ele mesmo apagou o fogo utilizando água enquanto a esposa telefonava para o 193.

 

Chegando ao local, os militares encontraram a vítima deitada no chão, inconsciente e com queimaduras de 1º, 2º e 3º graus em todo o corpo, mas apresentava sinais vitais durante o socorro.

 

No local, foi encontrada uma garrafa pet, possivelmente utilizada para o transporte de combustível, que através dos indícios, aparentava ser gasolina. Roberto Carlos de Sena morava na rua Ventania, bairro Independência.