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Seguindo os passos do gênio esquecido

ter, 2 de setembro de 2014 01:25
Grupo envolvido na produção de longa-metragem sobre Farnese de Andrade refaz caminhos percorridos pelo artista no Rio de Janeiro

TALITA GONÇALVES – Segue de vento em popa o projeto “Farnese – Reencontrando a História do Gênio Esquecido”, dedicado à produção de um longa-metragem sobre a história do controverso artista araguarino Farnese de Andrade (1926-1996), famoso por suas assemblages (processo de montar objetos superpostos dentro de caixas, oratórios ou planos bidimensionais). A busca por memórias, sensações, impressões, fragmentos que resgatem a essência do artista plástico levaram a equipe à capital carioca na semana passada, terra em que ele passou grande parte de sua vida.

Durante cinco dias, os caminhos incluíram as praias do Flamengo e Botafogo, lugares onde Farnese buscava lixo para reaproveitar em suas obras; a feira de antiguidades da Praça XV, destino certo para obter artigos como cúpulas, imagens religiosas, relógios, oratórios; a rua do Lavradio, com diversas lojas de antiguidades.

A equipe também esteve no local onde era a casa do artista, em Rio Comprido. Depoimentos de vizinhos revelaram algumas de suas particularidades e ajudaram na composição do personagem.

Dois valiosos encontros enriqueceram a pesquisa. Um com o ator Vandré Silveira, que deu vida a Farnese nos palcos. Em entrevista, ele compartilhou aquilo que conseguiu captar para construir o personagem. Mesmo sem conhecê-lo, impressionou parentes e amigos com sua interpretação. Marcos Araújo, jornalista que teve contato com Farnese pouco antes de sua morte, também contribuiu com informações importantes.

Diretor e roteirista do projeto, Marcos Fernandes ressalta que a próxima etapa da pesquisa continua em Araguari. O tempo em que Farnese viveu em sua terra natal nunca fora investigado com minúcia, apesar de ter influenciado de forma decisiva na formação do artista. “Foram dias ralados que renderam um ótimo trabalho, melhor do que a encomenda. Não imaginava que o projeto tomaria as proporções que chegou,” destaca.

O longa-metragem aprovado pelo PMIC foi proposto pela artista plástica Márcia Bulha. Além de Marcos Fernandes, também contribuem para a produção da iniciativa a pesquisadora e professora de Artes Erika Silva, o diretor de produção Rodrigo Fernandes, o diretor de fotografia Luciano Marques, o assistente de direção/produção Rogério Martins, o assistente administrativo Gustavo Bulha e a assessora de comunicação Patricia Fernanda Rodrigues Manuel.

1 Comentário

  1. Cláudia França disse:

    Olá, gostaria de saber em que pé está o filme sobre Farnese de Andrade!

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