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Saúde prorroga o prazo para vacinação contra a gripe

qui, 15 de maio de 2014 00:05
Atingir a meta de imunização de pessoas com doenças crônicas é o maior desafio

DA REDAÇÃO – O Ministério da Saúde estendeu o prazo para a campanha de vacinação contra a gripe em todo Brasil, que terminaria nesta sexta-feira (9). A decisão beneficia as pessoas que ainda não procuraram os postos de vacinação, principalmente aquelas enquadradas como portadoras de doenças crônicas.

A extensão da data permite que os gestores de cada município se reorganizem para atingir os 80% do público-alvo da campanha de 49,6 milhões de pessoas, em todo país, consideradas de risco para complicações por gripe. Além das crianças a partir de seis até os cinco anos de idade, integram este grupo pessoas com 60 anos ou mais, trabalhadores de saúde, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), população privada de liberdade e os funcionários do sistema prisional. Além disso, as pessoas portadoras de doenças crônicas não-transmissíveis ou com outras condições clínicas especiais também devem se vacinar. Para esse grupo não há meta específica de vacinação.

Para atingir a meta prevista, as equipes de planejamento em Uberlândia aumentaram o suporte logístico da ação com a abertura de mais duas salas de imunização, uma no Terminal Central e outra na Sociedade Médica de Uberlândia (av. Cesário Alvim, 2, no Centro), que foram disponibilizadas desde quarta-feira passada (07) com o objetivo de orientar e ampliar o acesso da população que compõe os grupos com o direito e prioridade para se vacinar. Outros 65 pontos já ofertam gratuitamente, desde o início da campanha, no dia 22 de abril, as doses contra os vírus que transmitem a Influenza. Em todas as unidades de saúde e PSF (Programa de saúde da Família) os profissionais são orientados acerca da importância dos doentes crônicos procurarem a unidade de saúde mais próxima. Neste grupo específico ainda não se atingiu os 80% de cobertura vacinal, que é preconizada pelo Ministério da Saúde.

Compreende-se por doentes crônicos as pessoas com hipertensão, diabetes e outras doenças crônicas. Estes pacientes que já são acompanhados periodicamente pelas equipes de saúde, precisam apenas comparecer nos postos em que estão cadastrados de posse de documento ou receita médica que comprove sua condição de saúde e receber a vacina. A recomendação é válida para as gestantes e mulheres em período pós-parto. Estes grupos são mais susceptíveis a infecções causadas por gripes e resfriados, isso porque, durante este período, o corpo cria um mecanismo que diminui, temporariamente, as defesas imunológicas do organismo.

De acordo com a coordenadora do programa de imunização em Uberlândia, Maria Aparecida dos Santos, as particularidades nos casos de doenças crônicas mostram a razão da prioridade oferecida a estes grupos pelo Ministério da Saúde. “Vivenciamos a chegada da Copa do Mundo, em que os brasileiros terão contato com pessoas de países onde existem doenças ainda não erradicadas. O aumento da circulação de pessoas em locais coletivos pode encontrar nos doentes crônicos não vacinados contra a gripe porta de entrada para contaminação de enfermidades graves como sarampo, difteria, varicela e rubéola”, destaca a coordenadora.

Podem ainda receber a vacina pessoas com:

1) Pessoas com grande obesidade (Grau 3), incluídas atualmente nos seguintes parâmetros:

– crianças com idade igual ou maior que dez anos com índice de massa corporal (IMC) igual ou maior que 25

– criança e adolescente com idade maior de dez anos e menor de 18 anos com IMC igual ou maior que 35

– adolescentes e adultos com idade igual ou maior que 18 anos, com IMC maior de 40

2) Indivíduos com doença respiratória crônica desde a infância (exemplo: fibrose cística, displasia broncopulmonar)

3) Indivíduos asmáticos (portadores das formas graves)

4) Indivíduos com doença neuromuscular com comprometimento da função respiratória (exemplo: distrofia neuromuscular)

5) Pessoas com imunodepressão (diminuição na capacidade do corpo de combater infecções) causada por uso de medicação ou relacionada às doenças crônicas

6) Pessoas com diabetes

7) Pessoas com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e outras doenças respiratórias crônicas com insuficiência respiratória crônica (exemplo: fibrose pulmonar, sequelas de tuberculose, pneumoconioses)

8) Pessoas com doença hepática: atresia biliar, cirrose, hepatite crônica com alteração da função hepática e/ou terapêutica antiviral

9) Pessoas com doença renal: insuficiência renal crônica, principalmente em doentes em diálise

10) Pessoas com doença hematológica: hemoglobinopatias

11) Pessoas com terapêutica contínua com salicilatos, especialmente indivíduos com idade igual ou menor que 18 anos (exemplo: doença reumática autoimune, doença de Kawasaki)

12) Pessoas portadoras da síndrome clínica de insuficiência cardíaca

13) Pessoas portadoras de cardiopatia estrutural com repercussão clínica e/ou hemodinâmica:
– Hipertensão arterial pulmonar
– Valvulopatia

14) Pessoas com cardiopatia isquêmica com disfunção ventricular (fração de ejeção do ventrículo esquerdo [FEVE] menor do que 0.40)

15) Pessoa com cardiopatia hipertensiva com disfunção ventricular [FEVE] menor do que 0.40

16) Pessoa com cardiopatias congênitas cianóticas

17) Pessoas com cardiopatias congênitas acianóticas, não corrigidas cirurgicamente ou por intervenção percutânea

18) Pessoas com miocardiopatias (dilatada, hipertrófica ou restritiva)

19) Pessoas com pericardiopatias

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