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Recuperação do Bosque John Kennedy torna-se necessária, após recorrência de desmatamento

qua, 10 de dezembro de 2014 00:07
Bosque John Kennedy possui mais de 13 hectares de extensão. Foto: Gazeta do Triângulo

Bosque John Kennedy possui mais de 13 hectares de extensão. Foto: Gazeta do Triângulo

DA REDAÇÃO – Considerada de pequena extensão e vulnerável devido à falta de conexão com outros locais de vegetação, a área do Bosque John Kennedy, composta por 13,9 hectares tem sofrido com o desmatamento, principalmente, por intervenções humanas.

Somente nos últimos cinco anos, o local foi palco de dois ciclos de incêndios, resultando na morte de centenas de mudas, afetando consideravelmente sua regeneração. Tal episódio facilita a clareira (área com pouca ou nenhuma cobertura vegetal localizada dentro de uma floresta ou bosque).

Segundo a bióloga da secretaria de Meio Ambiente, Sandra Graciele Pereira Diniz, nos últimos meses foi iniciado estudo da estrutura da vegetação do Bosque, com o objetivo de viabilizar possíveis mecanismos de recuperação.

“Apenas quando concluído, teremos os subsídios necessários para compararmos se houve realmente o aumento das clareiras. Se for positivo, serão apontadas ações ambientalmente corretas para a recuperação. Lembrando que as árvores do bosque têm um ciclo de vida e grande parte delas está em sua fase final, por isso, algumas clareiras abertas são motivadas por processo natural”, explicou.

Conforme esclareceu, há aproximadamente vinte anos não existe limpeza de vegetação nativa, o que supostamente ocorria com frequência nas décadas de 70, e possivelmente tenha sido um dos motivos para os problemas de aumento da clareira nos últimos tempos.

Segundo acrescentou, os animais são os principais responsáveis para a recuperação deste lugar. “Hoje em dia, ao caminhar pelo Bosque é possível se deparar com gambás, quatis, lagartos e insetos, que servem de alimentos para algumas espécies. Ou seja, apesar dos problemas, a situação está sob controle”, considerou.

Justificativa sobre retiradas de árvores

Durante passeios no Bosque muitos araguarinos se deparam com o corte de árvores e tem encaminhado frequentemente e-mail ao Jornal Gazeta do Triângulo, informando sua indignação diante dos flagrantes.

Em entrevista, a bióloga esclarece que “as retirada são realizadas, sobretudo, quando as árvores estão mortas ou pelo fato de comprometerem a vida humana, isto é, árvores secas próximas a passarela, onde diversas pessoas caminham diariamente. Ao identificar a necessidade de retirar a árvore, encaminhamos parecer ao CODEMA, e Conselho de Patrimônio, pois o Bosque é um bem natural tombado. Somente após o aval destes dois órgãos efetuamos a intervenção, por meio da retirada das árvores”.

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