SEM FOLGA

 

A coluna foi procurada ontem pela Promotora Cristina Fagundes. Ela contestou algumas declarações de médicos em relação a determinação do Ministério Público para que eles cumpram 20 horas de trabalho semanal no atendimento da rede pública, além do ponto eletrônico. A promotora lembrou que, desde novembro de 2016, a promotoria entendeu a necessidade de fiscalização da carga horária de trabalho dos médicos, mas antes, a mesma promotora atuou junto ao município para melhorar os salários dos médicos que passou de R$ 1.200 para aproximadamente R$ 7.000. A promotora pediu registro de alguns esclarecimentos nesta coluna e deixou claro que: aquele que não estiver pronto para cumprir 20 horas semanais pode optar por 10 horas, porém, recebendo a metade do salário.

“ULTRASSOM”

A Promotora disse não estar sozinha e desde novembro de 2016, houve a união de todas as promotorias para fiscalizar as 22 unidades de Saúde do município. De acordo com Dra. Cristina, a prefeitura tem cerca de 60 médicos e nesta investigação, teve alguns mandados de busca e apreensão de agendas de atendimento de alguns médicos quando foi constatado o não cumprimento de horário de trabalho. Sem querer citar nomes, a promotora disse que havia médico trabalhando apenas uma hora por semana e recebendo por vinte horas semanais ou, atendendo paciente em oito minutos e isso foi registrado em uma minuciosa investigação.

DR. BEIJA FLOR

Desde maio, o sistema de ponto eletrônico foi instalado nas unidades de Saúde do município e de acordo com a promotora, mesmo com a exigência, alguns não vem cumprindo a carga horária. Ela deixou claro que entrará com processo para que devolvam aos cofres do município o valor recebido sem trabalhar.

“HIPERTENSÃO”

Na edição de ontem essa coluna trouxe uma frase do médico psiquiatra Renato Nunes. Ele contestou, em uma entrevista, as exigências feitas pela promotoria de que ele teria quinze minutos para atender cada paciente e por isso, resolveu deixar de atender pela prefeitura. A declaração do médico não agradou a promotora que se defendeu alegando haver má explicação por parte do médico. Segundo ela, Renato Nunes preferiu deixar de atender na rede pública alegando não ter condições de cumprir as 20 horas semanais e que a recomendação para a área de psiquiatria é de três pacientes a cada uma hora o que para a promotora é uma maneira de humanizar o atendimento e evitar que o médico marque com o paciente às 7 horas e chegue as 9 horas. Mesmo assim, a promotora fez questão de citar as qualidades do médico Renato Nunes, mas o cumprimento do horário é indispensável.

SUBSTITUIÇÕES

Sobre uma possível debandada de médicos com a exigência de 20 horas trabalhadas semanalmente, a promotora disse que, profissional que trabalha em várias cidades, realmente não consegue cumprir essa exigência e por isso o Ministério Público vem solicitando a abertura de vagas para suprir essas desistências, assim como o pedido recente de mais cinco médicos psiquiatras para atender a demanda de Araguari.

PÉ NO CHÃO

Quem foi indagado essa semana na Câmara Municipal se haverá ou não Carnaval em 2018 foi o presidente da Faec Jean Laverde. Ele preferiu responder que irá depender de uma avaliação e isso será discutido com o prefeito Marcos Coelho (PMDB).

MILAGRE?

Recebi fotos do proprietário de um veículo que vem estacionando em vagas de deficiente, mas sai do carro caminhando normalmente sem ao menos uma bengala em mãos, mas com um documento de deficiente no vidro do carro.

SEM AVISAR

Quem amanheceu ontem no Palácio dos Ferroviários, sede da prefeitura, foi uma equipe do Tribunal de Contas do Estado. Apesar de não conseguir apurar o motivo, a busca seria por contratos.

ALTA TEMPERATURA 

A reunião de segunda-feira, 16, no gabinete do prefeito Marcos Coelho (PMDB) entre vereadores da base e secretários teria momentos tenso de cobranças e lavação de roupa suja. Alguns, ao que parece, escutaram o que jamais ouviram na vida.

AGENDA

No próximo dia 26, acontece a inauguração do “Capitão Pimenta Petiscaria” com a melhor comida de Boteco da cidade sob comando do “Léo Mulata”.

“Na área da psiquiatria estipulamos três atendimentos a cada hora do dia trabalhado e nas demais especialidades quatro atendimentos por hora. O médico não tem obrigação de cumprir seu horário, porém, não tem o direito de receber por aquilo que não trabalhou principalmente, em se tratando de dinheiro público. Por outro lado, não é justo quem não trabalhe receber igual àquele que cumpre seu horário. É bom que fique bem claro que aqueles que não cumprem o horário irão devolver o que receberam sem trabalhar. Que fique registrado: temos médicos que trabalham e cumprem seus horários” Promotora Cristina Fagundes.