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Projetos destinados ao Bosque John Kennedy esbarram em falta de conscientização

sex, 20 de março de 2015 00:31
Em várias ocasiões, entorno da reserva é alvo de descarte de materiais
Secretaria elabora cronograma de ações voltadas para o patrimônio do município. Foto: Gazeta do Triângulo

Secretaria elabora cronograma de ações voltadas para o patrimônio do município. Foto: Gazeta do Triângulo

P.J. GODOY – Situado na região central de Araguari, o Bosque John Kennedy representa um dos cartões postais do município. Além de ser patrimônio público, o espaço oferece uma coleção de oportunidades para manter a qualidade de vida. O problema é que muitos araguarinos estão prejudicando seu bem natural.

Diariamente, flagrantes de descarte de lixos se tornaram comuns por quem utiliza o entorno para caminhar ou praticar exercícios físicos. A quantidade de materiais chega a interferir em projetos de melhorias voltadas para o espaço. É o que afirma a bióloga da secretaria de Meio Ambiente, Sandra Graciele Pereira Diniz.

Um dia após se reunir para elaborar o cronograma de ações da pasta, a especialista manifestou as dificuldades em concretizar as propostas. “Tivemos um encontro nesta quarta-feira, 18, para montar a programação. Ainda estamos aguardando o período chuvoso para iniciar. Mesmo assim, precisamos do envolvimento da comunidade. Muitos caminham e descartam materiais dentro do Bosque como se fosse um depósito de lixo. As pessoas precisam se conscientizar de que é um bem do município e não adianta tentar melhorar a estética e o paisagismo se não há colaboração. Temos vários projetos prontos para investir, mas sempre temos que gastar com limpeza”, afirmou.

No ano anterior, o entorno do Bosque chegou a ser prejudicado pelo período de chuvas, ocasionando a queda de algumas espécies. Questionada acerca dos riscos para quem circula pelas proximidades, Sandra Diniz apontou algumas medidas a fim de controlar a situação.

“É uma característica da espécie. Faz parte do ciclo natural e com as chuvas o solo fica muito encharcado e a árvore acaba não conseguindo suportar o peso da copa. O que temos feito para minimizar os riscos foi pedir autorização para o CODEMA (Conselho Municipal de Defesa e Conservação do Meio Ambiente), com um parecer daquelas árvores que estão inclinadas e tem maior possibilidade de cair. São duas alternativas, tanto para uma poda drástica, se a espécie estiver saudável, ou uma supressão dependendo do estado. De qualquer forma, um corte na parte de cima está previsto”, completou.

Com base na afirmação da bióloga, o responsável pelo serviço será a CEMIG (Companhia Energética de Minas Gerais). Ainda assim, o início dos trabalhos depende de uma manifestação por parte do conselho de patrimônio, que segundo ela, negou a retirada num primeiro momento, mas entendeu a necessidade e se comprometeu a enviar um ofício. Entre as outras ações previstas para este ano, estão o controle dos cipós, retirada de espécies invasoras e o manejo completo do espaço, além de aceiros, evitando riscos de incêndio.

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