DA REDAÇÃO – Uma necessidade de muitos profissionais se tornou motivo de dor de cabeça em Araguari. Com o sistema de emissão inoperante, conseguir documentos pessoais passou a representar uma missão delicada no município.

Há mais de 20 dias, o programa que emite a Carteira de Trabalho e Previdência Social (CPTS) está fora do ar. Diante das dificuldades para conseguir o documento, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) providenciou explicações a fim de tranquilizar a população.

Conforme apurou a reportagem, os problemas não se restringem a Araguari. De acordo com o MTE, 11 estados lidam com o problema em diversos cantos do país. Enquanto a situação não é revertida, medidas alternativas são estudadas com o intuito de conter a demanda e isentar os prejuízos à comunidade.

Diariamente, ao menos 30 pessoas procuram pelo serviço na cidade. A previsão é que um mutirão seja oferecido para emitir os documentos quando o sistema for retomado. Até então, a agência do MTE termina o funcionamento mais cedo. A expectativa é que o horário permaneça posteriormente, com o propósito de oferecer mais agilidade no atendimento. Ainda assim, existe a possibilidade de que o serviço seja ampliado.

Foi o que informou a diretora do Sistema Nacional de Emprego (Sine), Ana Maria Freitas de Morais. Em entrevista ao Jornal Gazeta do Triângulo, ela adiantou uma proposta a fim de atender ainda mais aos anseios da comunidade.

“Fizemos uma solicitação para que também possamos disponibilizar o serviço de emissão de Carteiras de Trabalho. No momento não temos equipamento, nem uma pessoa qualificada, mas é de grande interesse conseguir num futuro próximo. Apesar do pedido, ainda não recebemos uma resposta”, explicou.

IDENTIDADE

Recentemente, funcionários do Sine ofereceram uma importante oportunidade para aqueles que procuram pela Carteira de Identidade. O atendimento foi disponibilizado durante o programa do governo municipal, “Prefeitura nos Bairros”. Ainda assim, alguns moradores se queixam da demora no serviço.

Para esclarecer a situação, a reportagem entrou em contato com a identificadora do Sine, Luciene Rúbia Ferreira. Segundo ela, o atendimento ocorre normalmente.

“Não existem dificuldades. Cada posto de identificação recebe uma cota de cédulas para trabalhar. O problema é que, em virtude de várias cidades estarem com o serviço paralisado, muitos moradores migram para Araguari, tumultuando o trabalho e ocupando a vaga que seria da população. Atualmente, temos dois pontos no município, que exercem o funcionamento normalmente”, afirmou.

Com base na declaração de Luciene Ferreira, os interessados podem conseguir a emissão tanto no Sine como na Câmara Municipal. Apenas este mês, o atendimento deve chegar a 620 pessoas em Araguari.