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Porque não irei prestigiar a visita da presidente Dilma

qua, 4 de março de 2015 00:04

* Mário Ferreira da Silva Junior

Hoje ao acordar fiquei matutando um motivo para eu ir a entrega antecipada das chaves das 710 residências do programa “Minha Casa Minha Vida”. Infelizmente não encontrei nada positivo que me fizesse superar o desencanto e decepção que seu governo vem trazendo aos brasileiros.

Não há dúvida que a obra em si é meritória, mas não é obrigação do governo, isso não consta da Constituição Federal? Outra coisa, porque a Presidente tem que vir pessoalmente inaugurar uma obra, quando deveria mandar um Auditor Federal ou algo que o valha verificar in loco se aquilo que estava previsto na obra está sendo entregue? É lógico que essa visita tem fim eleitoreiro causando despesas ao erário brasileiro tão depauperado pela corrupção.

Aí analisei friamente “os avanços” da atual administração e não encontrei nada que justificasse o sacrifício de minha presença. A crise que vem se aprofundando em nosso país é resultante de políticas incorretas, escolhas de pessoas erradas em cargos de responsabilidade que podem afetar a vida de 200 milhões de brasileiros. Será que não existem pessoas honestas neste país que não se envolveram em escândalos de algum tipo? Será que para governar é preciso essa política rasteira do toma lá da cá ao arrepio do interesse nacional?

Na pessoa de um Presidente residem todos os sonhos e ansiedades de um povo gentil como o brasileiro, a recíproca não deveria ser verdadeira? Um mandatário máximo deve saber que o cargo não é seu, é uma missão dada por Deus e que terá que prestar contas mais tarde? O poder na Terra é efêmero. Lembram-se do Hugo Chavez? Deve estar prestando contas no inferno da consciência se é que ele tem isso.

Um presidente no poder não deve ser solitário; deve escolher cuidadosamente seus colaboradores. Convidar pessoas competentes com moral ilibada que visarão unicamente o bem da nação e não interesses  pessoais e partidários. O partidarismo deveria ser limitado às eleições e nosso mandatário máximo tomar muito cuidado com as pessoas de seu entorno, quando um “cumpanhero” exorta Sem Terras a fazer uma guerra civil cuspindo no prato que comeu é um alerta para o tipo de “amigos” com que se está rodeado.

Parece que finalmente o cidadão em um momento de vacilo deixou cair a máscara. Uma escolha obsessiva pela esquerda quando o mundo caminha pela direita demonstra bem que a razão está sendo substituída pelo sentimento cego que nunca foi bom conselheiro. Não sou economista, mas a luz no fundo do túnel está se apagando; é preciso fortalecer a indústria e as exportações com incentivos, rever o tratamento dado a saúde com penas severas para quem se locupletar com suas verbas e acompanhar a aplicação delas;  fortalecer a educação se possível com período integral, rever o Código Penal  e as imunidades e impunidades com que os  políticos se cercaram e socorrer a Justiça que corre o risco  de ficar cega definitivamente  porque nossos magistrados estão engessados.

Sei que o passado não pode ser mudado, mas o futuro está em nossas mãos. Ainda há tempo. A vida é fugaz, o poder é efêmero e as oportunidades que recebemos são sagradas, no fim veremos que só o bem que fazemos sobrevive, então…

* Colaborador

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