População questiona ações de limpeza no cemitério Bom Jesus

Serviços de limpeza ocorrem por etapas, gerando acúmulo de materiais em determinados pontos. Foto: Gazeta do Triângulo

Serviços de limpeza ocorrem por etapas, gerando acúmulo de materiais em determinados pontos. Foto: Gazeta do Triângulo

P.J. GODOY – A cada ano, cemitérios de todo o país se preparam para receber milhares de pessoas. A principal concentração ocorre em 2 de novembro, quando as famílias aproveitam a data de finados para reverenciar os entes queridos. Enquanto muitos se mobilizam para o feriado, outros fazem da visita algo rotineiro, como um sinônimo de paz espiritual.

É o caso da araguarina Maria de Lourdes Oliveira. A cada ocasião em que se desloca ao cemitério Bom Jesus, ela aproveita para orar pelos dois filhos, dois irmãos, o marido e os pais sepultados no local. Se um dia o sentimento de perda tomou conta da moradora, hoje a sensação é de descaso.

Em entrevista ao Jornal Gazeta do Triângulo, Maria de Lourdes manifestou o desconforto enfrentado no cemitério, sobretudo, pelas precárias condições de limpeza. Segundo ela, até as visitas acabam interrompidas.

“Em muitas vezes os túmulos estavam bastante sujos, de modo que a própria limpeza era impossibilitada pelo acúmulo de lixo e poeira. Por se tratar de um lugar público, onde as famílias visitam seus entes queridos, acredito que é muita falta de atenção. Particularmente, sinto um descaso grande, mas espero que nas próximas visitas, a aparência seja  melhor”, explanou.

Para solucionar a situação, a expectativa é que a partir do próximo mês, uma empresa credenciada seja responsável pelos serviços no local. Foi o que informou o supervisor geral de cemitérios, Marcos Luciano Sales Junior.

“A partir de abril, será concluída uma licitação para que uma empreiteira fique a cargo não apenas de um cemitério como em todos distribuídos nas cidades sob a nossa jurisdição. No caso do Bom Jesus, são 14 quadras. Desse total, nove estão limpas e as demais devem ser entregues na próxima semana por etapas. Entendemos que havia bastante sujeira, mas certamente esse problema será suprido em breve”, garantiu Marcos Luciano, que reiterou acerca da participação da população.

“É importante ressaltar que os jazigos são de responsabilidade das famílias, que devem zelar pela estrutura. Muitos acabam deixando as sepulturas abandonadas, o que dificulta ainda mais pelo acúmulo de materiais”, completou.