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Polícia Civil apura que uberlandense não foi morto em Araguari

sáb, 14 de fevereiro de 2015 03:12

DA REDAÇÃO – Hélio Augusto Taveira Rodrigues, de 32 anos, que teve o corpo encontrado em estado de decomposição no último dia 25 de janeiro, ao lado de uma plantação de soja na região da Contenda, às margens da LMG-748 (rodovia entre Araguari e Indianópolis), não foi assassinado no município. A conclusão é do delegado Fernando de Campos Storti, que investigou o encontro do cadáver. Assim, seriam dois homicídios dolosos até agora em 2015.

Para a polícia, Hélio Augusto foi assassinado em Uberlândia. Foto: Arquivo

Para a polícia, Hélio Augusto foi assassinado em Uberlândia. Foto: Arquivo

Ele disse à reportagem que, após reunir várias provas, restou apurado que o crime ocorreu em Uberlândia, onde a vítima residia, e que apenas houve a desova do corpo na zona rural de Araguari, uma vez que o acesso é rápido tanto pela BR-050 quanto pela BR-365.

“O Hélio Augusto tinha sido visto por último em Uberlândia, inclusive com o registro de um boletim de ocorrência denunciando seu desaparecimento. Lá, ele possuía dívidas de jogo e de drogas. Além disso, o lugar competente para investigar o crime é onde ele se iniciou”, afirmou Storti.

O delegado remeteu o inquérito ao Fórum Doutor Oswaldo Pieruccetti, representando para que o caso seja encaminhado à Polícia Civil em Uberlândia, lembrando que no ano passado houve um assassinato semelhante, às margens da 365, e que chegou a ser contabilizado no índice de homicídio de Araguari, mas, depois de investigações, descobriu-se que o jovem havia sido morto na vizinha cidade.

A autoridade policial ressaltou que bandidos de Uberlândia, além de incomodar a sociedade araguarina, tentam ludibriar a polícia com este tipo de atitude de desova de corpo em outra cidade.

“Um dos pontos positivos da existência do pedágio entre as duas cidades vai ser em relação à segurança, visto que os bandidos de lá irão ficar mais receosos para praticar tal ato, bem como é um obstáculo na fuga de qualquer um”, concluiu Storti.

O corpo de Hélio Augusto foi encontrado por testemunhas que passavam por uma estrada vicinal na região da Contenda. O homem estava com mãos e pés amarrados, e uma fita adesiva na boca. Também havia uma motocicleta Yamaha/Factor, cor vermelha, abandonada.

Policiais civis e militares estiveram no local para os trabalhos de praxe, sendo informado que o veículo pertencia ao pai da vítima. Ele reconheceu a moto e relatou que Hélio Augusto tinha saído de sua casa, em um condomínio no bairro Nossa Senhora das Graças, no dia 20, sem dar qualquer notícia. Desde então, houve uma mobilização na imprensa e nas redes sociais na tentativa de encontrá-lo com vida.

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