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Pergunte ao Doutor – Sono do recém-nascido

sex, 9 de junho de 2017 05:05

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1-É comum o recém-nascido trocar o dia pela noite?
Essa confusão é comum nos três primeiros meses, quando ele ainda não percebe a diferença entre dia e noite. Com 6 meses, o sono deve estar concentrado no período noturno. Para evitar que aconteça a troca, não custa reforçar que os pais precisam estabelecer regras e rotina, com horários regulares para dormir.

2-Após o primeiro mês, não é necessário acordar um bebê que dorme a noite toda?

Sim. Durante o primeiro mês, não é adequado que ele fique mais de seis horas sem se alimentar. Por isso, ele precisa ser acordado quando estiver dando este intervalo. Passado esse período, não é mais necessário despertá-lo. Basta assegurar-se de que ele está ganhando peso adequadamente e se desenvolvendo bem. São muito raras as doenças, como o hipotireoidismo, que levam o bebê a dormir exageradamente. Mas, se houver essa suspeita, converse com o pediatra.

3-Todo bebê aprende a dormir sozinho?
Apenas 10% dos bebês desenvolvem a capacidade de adormecer sozinhos, empregando recursos como se balançar, segurar um paninho ou chupar o dedo. Os demais têm de ser ensinados. Nos três primeiros meses, o bebê repete vários ciclos de mamada, cocô e sono. Por isso, não adianta tentar acostumá-lo a dormir a noite toda nessa fase. Essa é mais uma razão para concentrar os esforços a partir do quinto mês, com a criação de um ritual.
 
4-A criança dormirá a noite inteira se não tirar nenhuma soneca ao longo do dia?
Não. O recém-nascido pode dormir em torno de 16 a 19 horas diárias, distribuídas igualmente entre o dia e a noite. Com o passar dos meses, o sono se concentra à noite e vai gradativamente diminuindo durante o dia. Por volta dos 6 meses, o bebê dorme em torno de 12 horas diárias, com um sono predominantemente noturno e tira duas ou três sonecas, com duração média de uma hora cada. As sonecas costumam durar até os 3 ou 4 anos, mas variam de uma criança para outra.

5-Se o bebê é acostumado a adormecer no colo, será difícil dormir sozinho no berço depois?
Claro! Se os pais sempre embalam o filho no colo, estão ensinando que é dessa forma que se adormece, e, acredite, ele assimilará essa informação. Quando acordar no meio da noite, é possível que chore e fique assustado por não reconhecer onde está. Para evitar noites conturbadas, o ideal é que, desde o início, os pais deixem a criança pegar no sono no próprio berço. Não há lugar melhor do que o colo da mãe, que confere calor, carinho, proteção, mas não oferece a melhor posição para o sono. Sem contar que a mãe fica impossibilitada de fazer suas atividades rotineiras. Aconselha-se que, após mamar, o bebê arrote ainda no colo. Em seguida, é só esperar uns minutos para o leite se acomodar no estômago e ajeitá-lo no berço, ainda acordado. Vale dar a mão, conversar e fazer carinho, transmitindo aconchego.
6-É preciso silêncio total enquanto o bebê dorme?
Não. Basta que o ambiente seja calmo. Os pais não devem assistir a um filme de ação em volume alto, por exemplo, mas podem fechar a porta do quarto da criança e ver TV na sala ou conversar em volume moderado. Ou seja, um pouco de bom senso e nada de paranoia.

7-Não é bom dormir com a barriga cheia?
É desaconselhável colocar a criança para dormir logo após mamar bastante ou ingerir alimentos sólidos. O peso da comida pode causar mal-estar. Sem contar que há risco de o bebê regurgitar o leite e aspirá-lo. O ideal é oferecer o jantar cerca de duas horas antes de deitar. À noite, a refeição deve ser composta por alimentos de fácil digestão, como sopas, carnes magras (que são fontes de proteína), verduras e legumes cozidos. Antes de dormir, a criança pode tomar leite, mas sem extrapolar no volume a que está acostumada. Também vale reforçar que, quando o bebê arrota, diminui o risco de regurgitar durante o sono. Pelo mesmo motivo, ele deve mamar com a cabeça elevada em relação ao corpo (com uma inclinação de 30 a 45 graus), e não totalmente deitado

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