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Pergunte ao Doutor – Câncer de Pâncreas

sex, 19 de maio de 2017 05:19

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1-O que é e onde fica o Pâncreas?

O pâncreas é uma glândula localizada na região superior do abdômen, atrás do estômago, e é um dos órgãos que integram o sistema digestório. Ele é composto por três – cabeça, corpo e cauda – e possui duas funções distintas: a função endócrina, responsável pela produção de insulina (hormônio que controla o nível de glicemia no sangue) e a função exócrina, responsável pela produção de enzimas envolvidas na digestão e absorção dos alimentos.

2-Qual idade e sexo mais acometidos no Câncer de Pâncreas?

Câncer de pâncreas é raro em jovens com menos de 30 anos, torna-se mais comum a partir dos 60 anos. Segundo a União Internacional Contra o Câncer (UICC) os casos da doença aumentam com o avanço da idade: de 10 novos casos a cada 100.000 habitantes entre 40 e 50 anos para 116 novos casos a cada 100.000 habitantes entre 80 e 85 anos. A incidência é mais significativa em homens.

3- Quais são as causas do Câncer de Pâncreas?

Na maioria dos casos, não é possível determinar a causa da doença, mas o fator de risco mais importante é o cigarro. Os outros são: pancreatite crônica, aplicações anteriores de radioterapia, diabetes mellitus tipo 2, exposição prolongada a pesticidas e produtos químicos, certas síndromes genéticas e cirurgias para tratamento de úlceras ou retirada da vesícula biliar.

4-É uma doença grave?

Pelo fato de ser de difícil detecção, o câncer de pâncreas apresenta alta taxa de mortalidade, por conta do diagnóstico tardio e de seu comportamento agressivo. No Brasil, é responsável por cerca de 2% de todos os tipos de câncer diagnosticados e por 4% do total de mortes por essa doença.
O número de mortes no Brasil no ano de 2013 foi de  8.710, sendo 4.373 homens e 4.335 mulheres.

5- Como faço para prevenir essa doença?

Não fumar, evitar a ingestão excessiva de bebidas alcoólicas, além de adotar dieta balanceada, rica em frutas e vegetais, são medidas válidas para prevenir o câncer de pâncreas.
O tabaco aparece como principal fator de risco para o surgimento desse tipo de câncer. Quem faz uso do cigarro e seus derivados, tem três vezes mais chances de desenvolver câncer de pâncreas do que os não fumantes. E quanto maior a quantidade e o tempo de consumo, maior o risco. A doença também está relacionada ao consumo excessivo de gordura, de carnes e de bebidas alcoólicas e à exposição a compostos químicos, como solventes e petróleo, durante longo tempo.
Pessoas que sofrem de pancreatite crônica ou de diabetes melitus, submetidas a cirurgias de úlcera no estômago ou duodeno, que sofreram retirada da vesícula biliar, bem como com histórico familiar de câncer têm mais chances de desenvolver a doença. Esse grupo deve se submeter a exames médicos periódicos.

6-Quais são os sintomas do Câncer de Pâncreas?

Os sintomas dependem da região onde está localizado o tumor. É uma doença que demora a apresentar sintomas, o que retarda e dificulta o diagnóstico. Os mais perceptíveis são perda de apetite e de peso, fraqueza, diarreia e tontura, dor abdominal de leve ou forte intensidade que se irradia para as costas, icterícia (doença que deixa a pele e os olhos amarelados), cansaço, anemia, diabetes tipo 2.
Infelizmente, alguns desses sinais podem indicar que as células malignas invadiram a corrente sanguínea e afetaram órgãos vizinhos. Nesses casos, a doença pode estar numa fase mais avançada e é mais resistente ao tratamento.

7- Como se faz o diagnóstico?

O diagnóstico leva em conta os sinais e sintomas e o resultado de exames de laboratório (especialmente a dosagem de uma proteína no sangue) e de imagem, tais como ultrassonografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética e a colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPER). Há casos em que é preciso realizar uma biópsia para fechar o diagnóstico.

8-Existe tratamento?

O câncer de pâncreas tem chances de cura se for descoberto na fase inicial. Nos casos onde a cirurgia é uma opção, o mais indicado é a ressecção (retirada do tumor).
Há, ainda, os procedimentos de radioterapia e quimioterapia, associados ou não, que podem ser utilizados para redução do tamanho do tumor e alívio dos sintomas.
Para pacientes com metástases (disseminação do câncer para outras partes do corpo) a alternativa, como paliativo (apenas para alívio dos sintomas), é a colocação de endoprótese.

 

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