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Neuropsi – terror noturno

qui, 30 de abril de 2015 06:27

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1-O que é terror noturno?

Terror noturno é um distúrbio do sono caracterizado por episódios de pânico no decorrer da noite. A criança se comporta como se estivesse em perigo, com gritos, coração acelerado e feição aterrorizadora. Neste momento parece ver ou sentir algo amedrontador.

2-Em que idade isso acontece mais?

Não existe uma idade padrão, acontecem com pelo menos 5% de todas as crianças, e podem começar aos 9 meses de idade.  Sabe-se que é mais comum em crianças entre 2 e 5 anos e pode começar antes mesmo de completarem 1 ano.

3- O terror noturno é diferente de pesadelo?

Os pesadelos são comuns na população e, na maioria das vezes, o indivíduo nem acorda. É causado por eventos stressores e preocupações do dia ou períodos mais angustiantes. Em sua maioria, não necessitam de tratamentos específicos.

O terror noturno é um distúrbio severo que a criança acorda muito angustiada e, inclusive, pode ter comportamentos destrutivos consigo mesma. Sendo assim, necessita de tratamento adequado para sanar o sofrimento do acometido e seus familiares.

 4-O terror noturno pode ser caracterizado como um distúrbio?

É um distúrbio do sono, mas, apesar de sério no momento que acontece, não necessariamente causa danos ao aprendizado ou desenvolvimento normal. Em casos raros a criança apresenta mais de um evento por noite, neste, podem aparecer sintomas diurnos que a afetam física e psicologicamente.

Não existe um tratamento específico, cada paciente reage de uma forma, no entanto, normalmente acaba antes da adolescência. Durante uma crise de terror noturno, a criança pode chorar, gritar, gemer, sentar na cama e se debater. Mesmo que ela esteja de olhos abertos, não sabe que você está ali e não se acalma. A crise pode durar alguns minutos ou até mais de meia hora, e, depois que passa, a criança volta a dormir. No dia seguinte, não vai se lembrar de nada.

 5-Quais são as causas do terror noturno?

As causas ainda são desconhecidas, mas é comum em crianças ansiosas ou com algum quadro de depressão. Além disso, episódios como febre e eventos estressores podem desencadear o quadro.

Existem também estudos que apontam para uma imaturidade do sistema nervoso.

6-Quanto tempo dura?

Podem ser chamadas de ataques noturnos, duram, geralmente, poucos minutos. Mas, algumas crianças podem ficar assustadas por períodos maiores.

As manifestações começam ainda dormindo com: agitação extrema, suor, gemidos e até gritos. A criança acorda abruptamente e continua amedrontada, pode não reconhecer as pessoas, apresentar sonambulismo e agredir objetos e a si mesma.

7-Os fatores emocionais podem ter ligação com as crises de terror noturno?

Se a criança estiver passando por períodos ansiosos, tristes ou enfrentando qualquer problema pode desencadear o distúrbio.

8-Qual a frequência do terror noturno?

Depende da criança, algumas apresentam semanalmente, outras no espaço de 10 a 15 dias e, casos raros, várias vezes durante a noite. Depende da seriedade do diagnóstico e eventos externos acontecendo no momento dos ataques.

9-Quais são as situações favoráveis as crises?

Algumas medidas podem ajudar a criança a diminuir o terror como: regularidade no horário do sono, cuidados com a alimentação, investigar se algum medicamento em uso pode causar o terror, diminuir a ansiedade caso a criança esteja passando por um momento estressor e oferecer conforto físico e emocional antes do sono.

10-Qual é o sinal para que os pais levem seus filhos ao tratamento?

Quando a criança apresentar prejuízos físicos, emocionais ou em suas atividades diárias é importante buscar ajuda médica e psicológica. Desta forma, diminuirá significamente os sintomas e seus efeitos nocivos.

11-O que fazer durante a crise?

O melhor é não acordar a criança, ela pode despertar assustada e demorar mais tempo para restabelecer a calma. É necessário acompanhar o momento, oferecendo proteção, caso apresente sonambulismo ou comportamento agressivo e corra o risco de causar danos físicos a si.

Acompanhe até que a criança se acalme e volte a dormir ou, caso acorde, ofereça afago, proteção e carinho até que se acalme novamente. Não se devecolocar a criança para dormir com os pais, afinall não resolverá o problema de imediato e a criança pode desenvolver outra insegurança, a de dormir sozinha.

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