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Moradores reclamam da falta de capina em bairros do município

sex, 20 de fevereiro de 2015 00:21

O serviço está paralisado devido ao período chuvoso

DA REDAÇÃO – O serviço de capina, realizado pela secretaria de Serviços Urbanos e Distritais, está paralisado devido ao período chuvoso. Os moradores têm reclamado do crescimento acelerado e da quantidade de mato nas vias públicas.

De acordo com o secretário de Serviços Urbanos, Humberto Merola Júnior, a equipe continuará o trabalho assim que o período chuvoso terminar. “Temos um cronograma e fazemos a capina nos bairros por escalas. Em janeiro, o serviço foi prestado no São Sebastião e no Santa Helena, agora estamos terminando o Chancia e, em breve, iniciaremos no Centro, de acordo com as possibilidades. Caso não chova, poderemos começar nessa segunda-feira, ou, até o início de março. As avenidas foram finalizadas na semana passada, com a Minas Gerais”.

Merola explica, ainda, que no período chuvoso o serviço é mais complicado. “Temos que retirar o mato rápido, porque se a chuva começa, não dá tempo de chamarmos o caminhão para recolhê-lo, então, ele pode escorrer e entupir os bueiros”. O secretário enfatiza que, mesmo a taxa de limpeza não sendo mais cobrada no IPTU, a secretaria continuará prestando o serviço. “O prefeito Raul Belém (PP) faz questão de manter esse trabalho, que agora será bancado pela prefeitura”.

O secretário acrescenta que não é possível realizar a capina de todos os bairros em apenas um mês. “O correto seria capiná-los três vezes ao ano, ou seja, de quatro em quatro meses, mas infelizmente não conseguimos fazer isso tudo, não só devido ao período chuvoso, mas também pela falta de conscientização das pessoas que lavam as calçadas e jogam água na rua, incentivando o crescimento do mato”.

Segundo o secretário, essa prática será fiscalizada pela Superintendência de Água e Esgoto (SAE). “Estamos passando por uma crise hídrica, e mesmo assim as pessoas desperdiçam a água, além de auxiliar o crescimento do mato durante a seca, criando a necessidade de uma nova capina”. O superintendente-adjunto da SAE, Edson Dias Vieira Júnior comenta que em breve poderá ser aplicada uma multa aos cidadãos que forem pegos desperdiçando a água. “Ainda não definimos os valores, porém, estamos realizando estudos e esse processo pode ser finalizado até o mês de março”.

Outro problema apontado é a utilização da capina química em diversos pontos do município. “Não utilizamos remédios mata mato e, quando observamos um morador, informamos que a prática é proibida. Temos um acordo com o Ministério Público que proíbe a prática, por causa do lençol freático, então quando a pessoa bate o remédio, ele pode ir para o solo, atingir a galeria e poluir a água”, ressalta o secretário de Serviços Urbanos.

A reportagem do Gazeta do Triângulo entrou em contato com as secretarias de Meio Ambiente e Agricultura para verificar se há alguma fiscalização formal e multa em relação à poda química. Segundo informações do Meio Ambiente, a verificação dos serviços que envolvam capina e ervas daninhas não é de competência da secretaria. A equipe fiscaliza os locais quando há denúncias da população sobre a aplicação de algum produto poluente, mas não necessariamente o herbicida mata mato. Já a secretaria de Agricultura afirmou que a nota técnica instrutiva emitida em 2008 pelo Ministério Público, impede a aplicação do produto por parte da prefeitura, porém, não há uma lei de fiscalização formal no município.

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