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Manifestantes aderem à paralisação contra a reforma da Previdência

ter, 20 de fevereiro de 2018 05:28

por Carolina Rodrigues

A volta às aulas na Rede Estadual de Ensino teve início nesta segunda-feira, dia 19. Mas a recomendação do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais – SindUTE/MG foi de paralisação geral neste primeiro dia letivo.

Segundo o coordenador da sub sede do SindUTE em Araguari, José Luís da Costa, a adesão em Araguari foi fraca, com apenas uma escola totalmente engajada, a Escola Estadual Rainha da Paz.

A paralisação em âmbito nacional luta contra a reforma da previdência

A paralisação em âmbito nacional luta contra a reforma da previdência

 

Além do pouco tempo de organização, o coordenador elenca dois pontos que justificam a lânguida participação dos profissionais da educação estadual: “primeiramente, há um desinteresse da categoria em melhorar a própria situação. Além disso, existe um assédio muito grande por parte da direção das escolas com o intuito de tirar do trabalhador o direito de buscar os respectivos direitos”.

Quando perguntado sobre outras paralisações ou eventos programados pelo SindUTE, José Luís da Costa afirma que para o dia 28 está prevista uma Assembleia Estadual, com paralisação total e possível greve. “Há uma proposta de fazer greve. Para isso, nós precisamos mobilizar. No começo do ano é mais complicado trazer o pessoal para o movimento, mas teremos um tempo maior para discussões”.

Em âmbito estadual, a principal reivindicação é o pagamento do piso salarial, fim do parcelamento de salários e décimo terceiro, cumprimento de acordos assinados e melhor qualidade no atendimento por meio do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg). “Queremos que os profissionais da Educação participem dos movimentos e se engajem na luta por seus direitos”.

No que se refere à pauta federal, a demanda é que os profissionais tenham mais conhecimento sobre as propostas da reforma da Previdência. O sindicato abordou o assunto no evento realizado na praça Manoel Bonito e ruas centrais da cidade. Além disso, pretende fazer debates e palestras com o intuito de esclarecer sobre o assunto, não apenas para os profissionais da Educação, mas para todos os araguarinos.

A votação da reforma previdenciária estava prevista para esta semana, mas o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) afirmou que a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro inviabiliza a votação de alterações na Constituição, no caso a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287.

Várias centrais sindicais do país aderiram às paralisações contra a reforma da Previdência. “Nós percebemos que as pessoas não sabem o verdadeiro teor das mudanças na Previdência e das consequências desta reforma. Então, nós queremos fazer um trabalho educativo, pois as pessoas não lutam por aquilo que não conhecem”, finaliza o coordenador.

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