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Limite na internet provoca indignação de usuários

sáb, 23 de abril de 2016 08:22

Da Redação

Em anúncio feito na segunda-feira, 18, presidente da Anatel afirmou que a era da internet ilimitada acabou

A era da internet ilimitada acabou, disse João Rezende, presidente da Anatel, em um anúncio que defende a cobrança extra de internet fixa durante uma coletiva de imprensa do órgão na última segunda-feira, 18. Para ele, não há mais possibilidade para as operadoras de banda larga fixa oferecerem serviços sem limite, o que obrigará o segmento a mudar para o modelo de franquias, similar ao de internet móvel.

Consumidores prometem fazer um boicote caso as operadoras estabeleçam limites de internet banda

Consumidores prometem fazer um boicote caso as operadoras estabeleçam limites de internet banda

 

Nas redes sociais, os consumidores prometem fazer um boicote caso as operadoras estabeleçam limites de internet banda larga fixa. No Facebook, o “Movimento Internet Sem Limites” possui mais de 440 mil curtidas e reúne assinaturas em uma proposta que será enviada para a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, do Senado Federal.

Os “vilões” do alto consumo da conexão seriam os serviços de streaming como Netflix, YouTube e Spotify. Como exemplo, presidente da Anatel citou os jogos online. “Tem gente que adora, fica jogando o tempo inteiro e isso gasta um volume de banda muito grande.”

De acordo com ele, esse movimento se deve à limitação da infraestrutura e é parecido com o que ocorreu com os serviços de voz e internet para celulares, onde os planos trazem limites para o uso.

No dia 18, a Anatel publicou medida cautelar obrigando as empresas a entregar um plano de comunicação prevendo informações para os usuários sobre as franquias, esgotamento de pacotes e mudanças de contratos.

Aquilo que for estabelecido no plano somente poderá ser colocado em prática 90 dias após a aprovação da Anatel e vale para as empresas que pretendem adotar o modelo.

A medida provocou reações. No dia seguinte, a OAB oficializou a Anatel, afirmando que a resolução que estabelece condições para o corte do sinal quando o cliente atingir o limite da franquia desrespeita o Código de Defesa do Consumidor e o Marco Civil da Internet. A suspensão do serviço só pode ser feita quando o usuário deixou de pagar a conta.

Segundo o analista de sistemas Frederico Moraes, a limitação da velocidade da internet beneficiaria as companhias telefônicas e de TV à cabo, que estão perdendo espaço no mercado. “Tentaram fazer pressão para que a Netflix e o YouTube pagassem mais impostos, mas não deu certo porque iria ferir a neutralidade da internet e porque as pessoas não aceitariam. Dessa vez, receberam apoio da Anatel,” disse.

No entanto, ele duvida que políticos apoiem a mudança, assim como as próprias operadoras. “É um suicídio político apoiar essa limitação. A Vivo, que lidera esse movimento, enfrenta uma queda de receita brusca, isso em razão principalmente da internet. O que vemos é uma espécie de ‘Uber x Táxi’. A internet hoje em dia é o principal meio de comunicação internacional, que democratiza o acesso à informação e está num embate com um modelo de negócio antigo,” concluiu.

SEM LIMITES

A Algar Telecom informou que continuará a oferecer banda larga fixa ilimitada. Em nota, reforçou que “trabalha para entregar uma conexão de qualidade e não prevê mudanças na oferta desse serviço, a menos que seja necessário, para garantir mais qualidade aos usuários.” A companhia disponibiliza acesso à internet com até 200 Mbps de velocidade em determinadas localidades.

1 Comentário

  1. Sílvio Tabaco disse:

    Limitar o que já é limitado? Melhor será voltarmos a bater tambor ou aprendermos a fazer sinal de fumaça. Ao invés de melhorar, regride? Internet ilimitada ainda é sonho. Quem está satisfeito com o velocípede que tem disponível? O pagamento também vai ser limitado? KKKKKKKKKkkkkkkkkkkkkkk, evidente que não.

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