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Justiça marca sorteio dos jurados que irão atuar no “Caso Euripão”

qua, 29 de janeiro de 2014 00:00
Advogado Paulo Braganti tirou Euripão da cadeia e acredita em sua inocência. Foto: Arquivo

Advogado Paulo Braganti tirou Euripão da cadeia e acredita em sua inocência. Foto: Arquivo

DA REDAÇÃO – O caso envolvendo mortes em série de mulheres em Araguari, na década passada, assombrando a comunidade local e repercutindo em todo o País, parece que terá fatos novos em 2014. O principal suspeito de cometer os crimes, segundo denúncias do Ministério Público, é Eurípedes Martins, acusado de assassinar pelo menos cinco vítimas. Porém, ele permaneceu preso por quase três anos, fez exames de sanidade mental e hoje se encontra livre, deixando um grande questionamento: foi mesmo Euripão o autor dessas barbaridades?

O “pepino” – talvez o maior da história na Vara Criminal da Comarca, estará nas mãos da sociedade araguarina, através do Júri Popular. Sete pessoas idôneas do município serão escolhidas para a formação do Conselho de Sentença, responsável por decidir se o réu é culpado ou inocente.

No dia 20 de março, às 12h45, a Justiça de Araguari irá sortear 25 nomes de uma lista com mais de 200 pessoas selecionadas no ano passado. Estas deverão comparecer ao Fórum Doutor Oswaldo Pieruccetti no dia 7 de abril, a partir de 9h, na sessão do Tribunal do Júri. Acusação e defesa irão apontar sete cidadãos para se assentarem no Conselho de Sentença.

FIQUE POR DENTRO

Narra a denúncia do Ministério Público que no dia 23 de agosto de 2004, após as 20h, na estrada de acesso à fazenda Cachoeirinha, na região do bairro de Fátima, Eurípedes Martins, por motivo torpe, matou Lara Rodrigues Caetano Pereira, de 13 anos, arrastando o cadáver para um matagal com o objetivo de ocultar sua localização.

Na noite dos fatos, a adolescente teria saído com um homem de aproximadamente 35 anos em um motel no bairro Goiás. Em troca ela receberia 20 reais para comprar drogas.

Ao deixar o estabelecimento, segundo o MP, a vítima foi abordada por Euripão e convencida a se dirigir até o local ermo, onde consumiriam crack. Ambos estavam em bicicletas.

Diz a denúncia que “aproveitando o lugar deserto, impelido pelo motivo torpe, consistente no fato de ter-lhe sido encomendada a morte da adolescente para um ritual de magia negra, o denunciado agrediu a vítima com socos e chutes na cabeça, golpes que a deixaram atordoada e sem defesa. Em seguida, agarrou-a pelo pescoço e a matou. Eurípedes ainda deixou Lara parcialmente nua e cobriu o corpo com uma blusa azul”.

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