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Interditado, Ginásio Poliesportivo vira abrigo para moradores de rua

sáb, 23 de novembro de 2013 13:22

Sem repreensões, andarilhos utilizam o local há oito meses

P.J. GODOY – Quando inaugurou o maior complexo esportivo de Araguari em 1982,  o  então prefeito Fausto Fernandes de Melo certamente não previa uma situação alarmante protagonizada décadas depois no local. Interditado há quatro anos, o Ginásio Poliesportivo “General Mário Brum Negreiros” serve de abrigo para moradores de rua.

Março de 2013. Em visita ao Ginásio Poliesportivo, a reportagem do Jornal Gazeta do Triângulo revela imagens de pessoas que utilizavam o setor interno para dormir. Oito meses depois, os problemas que originaram a intervenção no espaço permanecem. Não bastasse isso, as arquibancadas dão lugar ao silêncio de dormitórios instalados por andarilhos.

Enquanto a situação perdura durante quase todo o ano, nenhuma providência concreta é apresentada. De acordo com o secretário de Esportes, Maurício Ramos, a situação pode ser revertida com a retomada da reforma.

“No começo do ano, por meio de ações conjuntas com a secretaria de Ação Social e a Polícia Militar, conseguimos retirar as pessoas que haviam ocupado o local. Mesmo assim, as medidas não tiveram sucesso. Acredito que uma forma de resolver a situação virá com a colocação de um guarda pela empresa que retomará as obras”, declarou.

Para o capitão Flávio Magno de Freitas, do 53º Batalhão de Polícia Militar, a falta de cadastramento dos ocupantes também dificulta. “Conseguimos resolver a situação e havia um prazo mínimo para que a prefeitura disponibilizasse o segurança. No entanto, muitos não possuem documentação. Esperamos que seja tomada uma solução definitiva”, disse.

Quem também falou à reportagem foi a secretária de Trabalho e Ação Social, Mirna Mares Machado Valente. Segundo ela, outras medidas poderiam reverter o quadro caso houvesse o maior interesse das pessoas.

“É um problema grave e que precisa ser dividido com toda a sociedade. Temos um aparato de ações promovidas a fim de atender os andarilhos. Um exemplo é o albergue, onde oferecemos todas as condições de limpeza, alimentação e acompanhamento por meio da secretaria de Saúde. A questão é que muitos se recusam a ser encaminhados. Por isso, solicito ao povo que não ofereça esmolas, pois temos tudo para atender a essas pessoas”, alertou.

O albergue está instalado na rua Guanabara, 565, bairro Amorim. O período de estadia dura por três noites ou mais dependendo da procura por empregos. Os abrigados também podem ser conduzidos aos seus destinos, conforme solicitação. Para outras informações, basta entrar em contato com a secretaria de Ação Social, pelo telefone 3690-3063.

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