Início do Brasileirão é marcado pelo fim de uma era no esporte
qua, 23 de abril de 2014 00:12DESFALQUE INSUBSTITUÍVEL
Em 2014, o Campeonato Brasileiro começou mais amargo. Não pelos preços salgados cobrados nas bilheterias dos estádios, ou pela desorganização rotineira do Circo Brasileiro de Futebol (CBF), mas por uma ausência nas cabines de imprensa.
A voz marcante que por cinco décadas entoou gritos de gol deu lugar ao silêncio. Enquanto se preparava para a abertura do Brasileirão, Luciano do Valle passou mal e foi socorrido às pressas a caminho de Uberlândia. Por mera ironia do destino, o homem de dez Copas do Mundo e dez Olimpíadas morreu trabalhando.
Aos 66 anos, o exímio locutor e apresentador deixa um legado e escancara o maior desfalque para o mundial no Brasil. A voz capaz de ultrapassar barreiras, chegando à propagação de modalidades como basquete, em que eternizou a “Rainha” Hortência; vôlei, quando promoveu “Magic” Paula, ou o boxe, onde lançou Maguila, mantém viva a esperança por novos ventos na crônica esportiva.
TORTURA
Com a bola rolando, a ressaca dos torneios estaduais parece ter sido o antídoto contra gols na primeira rodada. Na pior média na era dos pontos corridos, torcedores do Coritiba, Chapecoense, Atlético-MG, Corinthians, Flamengo e Goiás brigaram com o sono diante de placares estagnados.
Talvez de tão maltratado, nem o principal símbolo quis participar das pelejas. Isso porque nenhuma partida propiciou ao menos 60 minutos de bola rolando, considerado o normal pela Fifa.
Quem comemorou o título do campeonato nos últimos anos ganhou novos motivos para esperar por uma temporada ainda melhor. Nenhum campeão recente deixou os gramados com derrota. Destaque para Fluminense e São Paulo, que reencontraram suas torcidas com o placar de 3 a 0 e a redenção de jogadores como Fred e Alexandre Pato, respectivamente. Depois de um ano repleto de limpeza, o Palmeiras também voltou a conhecer uma vitória na elite nacional.
O que virá do futebol em 2014 ninguém pode prever, mas o que ficou todos devem recordar. Amargo mesmo é lembrar que em várias dessas recordações, a voz de Luciano do Valle não mais estará aqui para contar.
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TEMPERO BRASILEIRO
Se no Brasil os clubes inauguram suas participações na temporada regular, na Europa as equipes caminham rumo à etapa final. Com um tempero verde-amarelo, as semifinais da Liga dos Campeões contam com o maior número de brasileiros na história. Miranda, Filipe Luís, Diego e Diego Costa (naturalizado espanhol); Ramires, David Luiz, Oscar e Willian; Marcelo, Casemiro e Pepe (naturalizado português); Rafinha, Dante e Thiago Alcântara (naturalizado espanhol) endossam a lista de 14 jogadores nascidos em território nacional. Após essa semana, Chelsea, Atlético de Madrid, Bayern de Munique e Real Madrid voltam a se enfrentar nos dias 29 e 30 de abril.
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REVIRANDO O BAÚ
Há 48 anos, Muhammad Ali faturava o sétimo título mundial dos pesos pesados contra Cleveland Williams, detentor de 65 vitórias até então
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