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Idoso que utilizou documento do irmão falecido para tomar vacina contra a Covid-19 é indiciado em Araguari

sex, 21 de maio de 2021 08:14

Da redação com assessoria

 

Investigação realizada na 4ª Delegacia Regional de Polícia Civil

A Polícia Civil de Minas Gerais indiciou pelo crime de falsidade ideológica um idoso, de 80 anos, que utilizou a documentação do irmão falecido, de 91, para tomar a vacina contra a Covid-19, em Araguari. Uma mulher, de 40 anos, casada com o neto do senhor investigado, que o acompanhou no dia de receber a primeira dose do imunizante, também foi indiciada pelo delito. A informação foi divulgada ontem, 20, pela assessoria de comunicação da PCMG.

O trabalho investigativo começou no fim de abril, a partir de um registro de ocorrência por parte da Secretaria Municipal de Saúde acerca dos fatos. Conforme relatado, foi identificado que os dados informados no momento da vacinação eram de uma pessoa que havia morrido há nove anos em outro município da região. A partir dos levantamentos, a equipe da Quarta Delegacia de Polícia Civil (DRPC) chegou ao senhor de 80 anos.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, foi apurado que o idoso usou os documentos do irmão com a finalidade de tomar a vacina antecipadamente, uma vez que, pelos critérios de idade estabelecidos na campanha, ele precisaria aguardar. Assim, na primeira semana de março, este compareceu à unidade de saúde acompanhado da mulher, que cedeu a ele o comprovante de endereço usado para o cadastro do paciente.

Ainda segundo a autoridade policial, em depoimento, o senhor alegou que utilizou os documentos do familiar, uma vez que temia ficar doente. A acompanhante informou que só percebeu que o idoso estava se passando pelo irmão na hora de assinar a planilha de registro de vacinação da unidade de saúde. Ela também disse que emprestou o comprovante de residência ao homem porque ele teria esquecido de levar um.

O inquérito policial foi remetido ao Juízo Criminal, e a Promotoria de Justiça formalizou a denúncia, dando início ao processo por falsidade ideológica. Conforme a PC, outros fatos de irregularidades na vacinação contra a Covid-19 em Araguari seguem em investigação, com apoio do Ministério Público, por meio das Promotorias de Justiça Criminais e da Promotoria de Justiça Curadora da Saúde Pública.

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