Homicídio no bairro Vieno: Delegado conclui que morador agiu em legítima defesa
ter, 31 de janeiro de 2023 08:02Da Redação
A Polícia Civil em Araguari, por meio da Delegacia de Homicídios, concluiu inquérito policial instaurado para apurar as circunstâncias da morte de Alan Gomes Costa, 21 anos, na madrugada do dia 19 de abril do ano passado, no bairro Vieno.
As investigações apontaram que após fazer uso de crack, a vítima, juntamente com dois comparsas, decidiram praticar furtos em alguns locais no bairro Vieno e adentraram na residência, acreditando que o imóvel estaria vazio. Porém, os moradores se encontravam no local.
Ao escutar conversas no interior do imóvel a esposa do proprietário, o acordou e este se apossou de uma espingarda calibre .20, que mantinha no local. Ao verificar o que ocorria, foram surpreendidos pelos autores, que saíram da dispensa.
Segundo as investigações, o jovem empunhava uma réplica de arma de fogo e correu na direção do morador, que estava em frente ao portão de saída. No mesmo instante, outro envolvido entrou em luta corporal com a moradora, que se armou de uma pá e conseguiu se desvencilhar do autor, sofrendo, contudo, algumas lesões.
Conforme versão do morador, o rapaz lhe empurrou, visando evadir do local, momento que este teria caído com a arma em punho, ocorrendo um espero acidental em seu olho, causando a morte instantânea.
Os outros dois autores ainda evadiram, levando alguns pertences da residência, que foram abandonados em um terreno baldio no mesmo bairro, e recuperados pelos policiais.
Ao tomar conhecimento de que Alan poderia estar morto, a Polícia Civil foi até o local dos fatos, onde o morador franqueou a entrada da equipe, e colaborou com as investigações, relatando sua versão do ocorrido, afirmando que, diante da situação, com receio de ser preso e pelo fato de seus filhos e sua esposa estarem em pânico, resolveu retirar o corpo do imóvel, levando-o até uma fazenda nas proximidades.
Diante dos fatos, acompanhou os policiais até o local onde o corpo foi encontrado. Na ocasião, prestou depoimento e foi liberado pela Polícia Civil na mesma data.
O Delegado Felipe Oliveira Monteiro apurou que todas as circunstâncias apontam que o morador agiu em legítima defesa de seu patrimônio e da integridade física de sua família.
Ainda de acordo com autoridade policial, “o erro do investigado foi retirar o corpo do local, além de não possuir o registro da arma de fogo. O morador da residência, que não foi preso durante a investigação, deve continuar respondendo em liberdade pelos crimes de subtração de cadáver e de posse irregular de arma de fogo.”
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