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Henfil, um gênio do quadrinho brasileiro

qua, 5 de fevereiro de 2014 00:02

Abertura meio desligado

md henfilO garoto Henrique de Souza Filho tinha um medo danado do inferno e dos castigos divinos. Mas depois de grande, como ele mesmo dizia, passou a vender suas neuroses nas páginas do Pasquim. Como todo bom jornalista deveria ser, Henfil era ousado, crítico, inventivo, subversivo e outros tantos mais adjetivos nessa linha. Seus personagens – os Fradinhos, Cumprido e Baixim, a Graúna, Bode Orelana, Capitão Zeferino, são inesquecíveis. Influenciou toda uma geração de artistas dos quadrinhos. Se estivesse vivo, faria hoje 70 anos.

Seus primeiros desenhos foram publicados na “Revista Alterosas”, em 1964, e no “Diário de Minas”, em 1965. Depois de ficar conhecido e contribuir para diversas publicações, sua fase mais importante foi na época do anárquico “O Pasquim”, do qual estava na linha de frente junto com Ziraldo, Millôr Fernandes, Sérgio Cabral, entre outros.

graunaCrítico ferrenho da Ditadura e dos problemas sociais do país, o cartunista soube como ninguém deixar seu recado usando o humor. Os Fradinhos eram um cutucão na falsa moral; a Graúna, esperta que só ela, fazia o leitor refletir sobre a política ao mesmo tempo em que denunciava a dureza do sertão nordestino.

O forte apelo cultural e principalmente a atemporalidade marcam suas HQs. Henfil continua atual. Em essência, sua obra é semelhante à de Quino, o argentino criador da Mafalda. A menina também vivia a lançar perguntas embaraçosas, porém coerentes, para os pais e colegas, assim como a Graúna.  Em ano de eleição, é altamente recomendável revisitar as tirinhas do criador do bordão “Diretas Já”.
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Cineasta Eduardo Coutinho é morto pelo filho

A Justiça do Rio decretou a prisão preventiva de Daniel Coutinho, de 41 anos. Ele esfaqueou o pai e em seguida a mãe, Maria das Dores Coutinho, de 62 anos e atingiu a própria barriga com facadas. O episódio teria acontecido durante um surto de Daniel, que sofre de esquizofrenia. Comunista, Eduardo se dizia ‘operário do cinema’ e retratou o cotidiano de pessoas comuns em sua obra, como “Cabra Marcado para Morrer” (1985) e “Edifício Master” (2002).
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Woody Allen e o polêmico abuso sexual

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Dylan Farrow, uma das filhas adotivas da atriz Mia Farrow e Woody Allen, renovou as acusações de que o cineasta abusou sexualmente dela aos sete anos de idade depois que o diretor foi homenageado por sua obra na premiação do Globo de Ouro. Em carta aberta publicada neste sábado, 1º, pelo site do jornal The New York Times, ela, atualmente com 28 anos, conta que ele a levou a um sótão escuro, onde cometeu o abuso. Outro grande escândalo envolvido nessa trama se deu em 1992, mesmo ano do possível ato de pedofilia, quando Allen deixou a ex-mulher para ter um romance com Soon Yi Previn, filha adotada por ela antes do casamento, na época com 18 anos. Seria Mia usando a filha para se vingar? Seria o diretor um pedófilo? A realidade é mesmo mais estranha do que a ficção.
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O papa é pop

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Capa da Rolling Stone lançada nas bancas no final da semana passada, o Papa Francisco sem dúvida está entre as personalidades mais populares e carismáticas de 2013. Seu nome estava entre os mais procurados em pesquisas do Google e foi eleito pessoa do ano pela revista “Time”. Na matéria, a revista abordou o dia-a-dia do pontífice, como o fato de não andar na limusine papal e ter abdicado de outros luxos. A modéstia e o aparente posicionamento duro no combate a pedofilia e corrupção no Vaticano fazem a popularidade do “representante de Deus na Terra” ir às alturas.

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