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#graça® como um casamento…

qui, 10 de julho de 2014 00:00

juliano fabricioJULIANO FABRÍCIO

Em Romanos 7:1-6, Paulo compara a vida espiritual ao casamento. 

A intensidade dos sentimentos que temos pela pessoa que escolhemos para passar a vida com ela reflete a paixão que Deus sente por nós, e Ele deseja sua paixão retribuída na mesma moeda.

Muito mais do que a morte, muito mais do que a escravidão, a analogia do casamento propicia uma resposta à pergunta com a qual Paulo começou: Por que ser bom? Realmente, essa pergunta está errada. Deveria ser: Por que amar?

Essa realidade me ajuda a compreender a ríspida exclamação de Paulo, “Deus me livre!”, à pergunta:

“Permaneceremos no pecado, para que a graça aumente?”. 

Será que um noivo na noite do seu casamento manteria a seguinte conversa com a noiva: “Querida, eu a amo muito. Estou ansioso em passar a minha vida com você.

Mas preciso esclarecer alguns detalhes. Depois de casado, até onde posso ir com outras mulheres? Posso dormir com elas? Beijá-las? Você não se importaria com alguns casos de vez em quando, se importaria? Sei que isso a machucaria, mas imagine só todas as oportunidades que você terá de me perdoar depois que eu a trair!? Para esse Donjuan, a única resposta razoável é uma bofetada no rosto e um “Deus me livre!”. Obviamente, ele não compreende nada a respeito do amor.

Semelhantemente, se nos aproximarmos de Deus com uma atitude de “O que eu posso fazer?” prova que não temos ideia do que Deus tem em mente para nós. Ele quer alguma coisa muito além do relacionamento que eu poderia ter com um senhor de escravos, que forçaria a minha obediência com um chicote. Deus não é um patrão ou um gerente, nem um gênio mágico para servir às nossas ordens.

Realmente, Deus quer alguma coisa mais íntima do que o relacionamento mais íntimo na terra, o laço para toda a vida entre um homem e uma mulher.

O que Deus deseja não é um bom desempenho, mas o meu coração.

Eu faço “boas obras” para minha esposa não para receber crédito diante dela, mas, sim, para expressar o meu amor. De maneira igual, Deus deseja que eu sirva “de maneira nova no Espírito”; não por compulsão, mas por desejo.

Se eu tivesse de resumir as principais motivações do Novo Testamento para “ser bom” em uma única palavra, escolheria gratidão. Paulo começa a maior parte de suas cartas com um resumo das riquezas que possuímos em Cristo. Se compreendermos o que Cristo fez por nós, então certamente por gratidão lutaremos para viver de maneira digna de tão grande amor. Lutaremos por santidade não para fazer Deus nos amar, mas porque Ele já nos ama. Como Paulo disse a Tito, é a graça de Deus que “nos ensina a abandonar a impiedade e as paixões mundanas, para que vivamos neste presente século sóbria, justa e piedosamente”.

O melhor motivo para ser bom é desejar ser bom. 

Mudança interior exige relacionamento. Exige amor. “Quem pode ser bom, se não pelo amor?”, pergunta Agostinho. Quando Agostinho fez a famosa declaração: “Se você apenas amar a Deus poderá fazer tudo o que desejar”, ele estava sendo inteiramente sério. Uma pessoa que realmente ama a Deus ficará inclinada a agradar a Deus. Foi justamente o que Jesus e Paulo disseram ao resumir toda a lei no simples mandamento: “amar a Deus”.

Se realmente captarmos a maravilha do amor de Deus por nós, a pergunta tortuosa de Romanos 6 e 7 — “O que eu posso fazer?” — nunca nos ocorrerá. Passaremos os nossos dias tentando aprofundar-nos na graça de Deus, e não em apenas explorá-la.

Porque no final das contas o que eu não quero fazer é decepcioná-Lo. (isso é uma relação de amor o resto e puro interesse)

Não deveríamos “crescer na graça”, como Pedro ordena? A nossa semelhança familiar com Deus não deveria aumentar? “Cristo nos aceita como somos”, mas quando ele nos aceita, não podemos permanecer como somos.

Pense nisso!!!
tudo

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