Ficha Técnica – O encontro de gigantes adormecidos
qui, 20 de fevereiro de 2014 17:20
Há 34 anos, Uberlândia era palco do futebol mundial
Quando espécies raras de uma linhagem medem forças no mesmo ambiente, quem ganha sequer está competindo. Foi assim em 1980, num dia em que milhares de uberlandenses testemunharam o empate de 1 a 1 entre Uberlândia Esporte Clube e New York Cosmos.
Equipe de franquia nobre dos Estados Unidos, o Cosmos nada mais era que o último time da carreira de Pelé. Naquela ocasião, o tricampeão mundial chegou a desfilar pelos gramados do estádio Juca Ribeiro, mas preferiu deixar os holofotes para os demais protagonistas.
Líder da seleção alemã campeã do mundo em 1974, Franz Beckenbauer comandava o esquadrão de defesa estadunidense. Se por ventura precisasse de auxílio pela direita, havia outro capitão vencedor de Copa, isto é, Carlos Alberto Torres. Alheio à modéstia, o Cosmos era preenchido por atletas como o holandês Neeskens, da histórica “Laranja Mecânica”, Romerito, maior jogador do Paraguai e o italiano Giorgio Chinaglia, principal artilheiro da equipe.
Do outro lado do círculo central, estava o Uberlândia. De volta à ascensão na década de 80, o clube que um dia enfrentou até a União Soviética sentia pela despedida recente de Dirceu Lopes. No entanto, caminhava para a mais emblemática conquista de sua história, quando faturou a Taça CBF, em 1984.
Mais de trinta anos depois, aquelas raras espécies que inauguravam este texto estariam em extinção. Ainda assim, seus antigos recintos resistem às estações. O Uberlândia, um dos únicos a disputar todas as divisões do Campeonato Brasileiro, está na segunda posição no grupo B do Módulo 2 do Mineiro. Enquanto isso, nos Estados Unidos, o Cosmos, recentemente reativado, luta para retornar à elite do futebol nacional.
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VARANDÃO DA SAUDADE
“Fomos convocados para a seleção de Minas de 1968 e nos reunimos na sede da Federação Mineira de Futebol. No momento, eles estavam me “cornetando”. Foi uma equipe muito bem arrumada, com jogadores como Tostão, Tião, Jair Bala, Amauri, Djalma Dias, Procópio, Alaor, Dirceu Lopes, Natal, Cristóvão e Aldair. Naquele ano, o Tostão havia sido artilheiro do Campeonato Mineiro, com 20 gols, enquanto eu fiz um gol a menos pelo América-MG. Nada melhor que um craque como ele para deixar os atacantes na frente do gol. Pelo sucesso nesse período, fui convidado para participar da Libertadores pelo Valença, da Venezuela.”
Nome: José Eurípedes Ferreira
* 28/03/1944
Clubes: Araguari Atlético Clube; Uberlândia Esporte Clube; América-MG; Valença (Venezuela); Flamengo; Vila Nova e Caldense
Seleção: disputou jogos pelo Brasil e foi campeão interestadual pela seleção de Minas
Principais conquistas: maior artilheiro do América-MG em uma única temporada, com 35 gols em 1968
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OPINE: QUEM DEVE SER O ATACANTE
DA SELEÇÃO NA COPA?
A menos de quatro meses para o mundial, donos
da pequena área seguem indefinidos
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