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Euripão será inocentado nesta segunda-feira, garante advogado

sáb, 5 de abril de 2014 11:01
Paulo Baraganti ressalta que houve armação para acusar um cidadão inocente
Paulo Braganti e Eurípedes quando o acusado deixava a prisão. Foto: Arquivo

Paulo Braganti e Eurípedes quando o acusado deixava a prisão. Foto: Arquivo

DA REDAÇÃO – Assim como Rogério Fernal, que iniciou a defesa de Eurípedes Martins, homem acusado de ser o maníaco de Araguari, o advogado Paulo Aníbal Braganti afirma não ter qualquer dúvida da inocência do réu, uma vez que não existem provas da sua participação nas mortes de cinco mulheres, uma delas a garota Lara, de 13 anos, a qual Euripão será submetido a julgamento popular nesta segunda-feira, às 9h, no Fórum Doutor Oswaldo Pieruccetti.

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Entrevistado pela Gazeta do Triângulo, Paulo Braganti lembrou que a prisão de Eurípedes Martins ocorreu de forma ilegal na época dos fatos, três dias antes de ser expedido o mandado. Negou que o acusado estivesse sofrendo qualquer ameaça e criticou os resultados dos exames de sanidade mental.

Qual a sua expectativa para o julgamento?
Braganti – Absolvição. Tenho total convicção disso.

O que o leva a confiar na inocência do Eurípedes Martins?
Braganti – A falta de provas. O processo todo indica que houve armação para acusar um inocente. Se Eurípedes fosse perigoso, não estaria em liberdade há anos, sem qualquer problema.

É verdade que a prisão dele foi ilegal, pois ocorreu antes de sair o mandado?
Braganti – Por três dias o Eurípedes ficou em poder da Polícia e os familiares não sabiam do seu paradeiro. Ele foi preso numa sexta-feira e o mandado foi expedido somente na segunda-feira.

Muitos parecem não acreditar na participação do Eurípedes nos crimes. Isso de alguma forma contribui com a defesa?
Braganti – A Justiça é feita pelo cidadão, por isso se trata de um crime de competência do Tribunal do Júri. A sociedade clama por Justiça e ela tem razão. Na dúvida, tem que absolver, pois não se pode condenar um inocente.

O Eurípedes está ansioso para o julgamento?
Braganti – Não tenho conversado com ele nos últimos dias. Mas, durante o processo, ele e a defesa demonstraram estar conscientes e muito confiantes na sua inocência.

O Eurípedes sofreu alguma ameaça de morte?
Braganti – Se tivesse sofrido, não estaria vivo, porque desde que ganhou liberdade provisória circula normalmente pelas ruas de nossa cidade.

O que apontaram os exames de sanidade mental do Eurípedes?
Braganti – Foram três resultados diferentes. Eles comprovam que existem erros determinantes no processo.

Havendo absolvição neste processo, é possível que o réu seja inocentado também nos demais casos?
Braganti – As chances são grandes, mas cada processo é de uma forma. Na época, eram oito mulheres mortas e imputaram cinco crimes ao Eurípedes Martins. E os outros três? Então, cada caso é um caso.

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