Da Redação

 

Em uma coletiva de imprensa realizada na manhã desta quinta-feira, 9, a Polícia Civil e a Polícia Militar passaram todos os detalhes em relação ao homicídio que vitimou o jovem Guilherme Camargo Vieira, de 21 anos.

 

O crime ocorreu na madrugada do dia 22 de dezembro de 2024, na região central da cidade, durante uma briga

entre frequentadores de uma boate. Desde o ocorrido, as duas frações policiais trabalham para prender o principal acusado, cujas investigações por imagens e oitivas com testemunhas apontaram para um único nome.

 

A entrevista contou com o Delegado de Homicídios, Felipe Oliveira Monteiro, com o Investigador Rogério Prado da 4ª Delegacia Regional de Polícia Civil, com o Major PM Thales Sampaio, que será o novo Subcomandante do 53º Batalhão de Polícia Militar e também com o Sargento PM Cordeiro, responsável pela Equipe de Prevenção de Homicídio do Batalhão da PM.

 

O Delegado Felipe iniciou fazendo um raio-x do que ocorreu na noite do crime. Algumas partes eram conhecidas da imprensa, outras, porém, foram reveladas durante a entrevista. “As investigações apontaram que ocorreu um desentendimento dentro da boate envolvendo o autor dos disparos, Clayton de Souza Júnior, 25 anos, com um dos amigos da vítima, Guilherme Camargo. Os seguranças do estabelecimento colocaram o amigo de Guilherme para fora, sob a alegação de que o mesmo estaria mais alterado. Este amigo não foi embora, já que estava esperando Guilherme e outro amigo que estariam de carro. Posteriormente, Clayton saiu com dois amigos e uma nova briga foi iniciada, desta vez com a participação de dois amigos de Clayton com outros dois amigos de Camargo. Guilherme foi o último a sair da

boate, e as imagens mostram que a intenção de Guilherme era separar a briga. As imagens e testemunhas também apontaram que o mesmo não agrediu nenhum dos envolvidos. No calor da briga, Clayton foi até seu veículo, apoderando-se de uma arma de fogo e atirando contra os envolvidos. Um dos disparos acertou a cabeça de Guilherme Camargo, que morreu no local”, explicou o Delegado.

 

Após atingir a vítima, Clayton Júnior e seus amigos ocuparam o veículo e saíram do local, tomando rumo ignorado. Neste momento da entrevista, o Delegado Felipe narrou que foram conferidas as imagens do celular de uma pessoa que estava no interior da boate, com as imagens do circuito interno do estabelecimento do lado de fora, de onde se originou os disparos e a morte da vítima. “As vestimentas, a cor do cabelo e o cordão que o atirador usava são as mesmas, e para nós não restam dúvidas de que o autor do disparo que matou Guilherme foi Clayton de Souza Júnior”, destacou.

 

A reportagem da Gazeta do Triângulo questionou como foi o trabalho policial após os fatos ocorridos, momento em que foi convocado o Major Sampaio para dar mais detalhes. Sampaio destacou o trabalho da Polícia Militar que buscou todos os caminhos para tentar prender o autor dos disparos. O Major passou a palavra ao Sargento Cordeiro para dar mais detalhes da operação da Polícia

Militar. “As equipes da Polícia Militar realizaram a busca por imagens que apontavam para uma pessoa como sendo o atirador. Com base nas informações, nossas equipes conseguiram chegar até o veículo usado pelo autor, que foi localizado na Rua Maria Geralda da Silva, no Bairro Ouro Verde, próximo à residência de Clayton Júnior”, destacou o Sargento.

 

A Polícia Militar ressaltou ainda que nos dois dias que antecederam ao homicídio de Guilherme, a PM realizou uma varredura na cidade para cumprir um mandado de prisão conta Clayton Souza Júnior, que é apontado pela Polícia Civil, como o principal acusado de um homicídio tentado ocorrido na noite de 18 de fevereiro de 2024, em um luau clandestino na cidade. A PM fez vários rastreamentos, mas não conseguiu chegar até Clayton.

 

Com relação aos outros envolvidos na briga, o Delegado Felipe Monteiro disse não ter encontrado nenhuma evidência na participação da morte de Guilherme. “Eles não participaram do homicídio, inclusive citaram que não sabiam que Clayton estaria com a arma dentro do carro. A morte está ligada diretamente ao Clayton, como único autor do homicídio”, ressaltou.

 

Questionado sobre a procura por Clayton, o delegado respondeu que estão sendo realizados todos os

empenhos da Polícia Civil com a Polícia Militar na tentativa de encontrar o autor dos disparos. “São dois mandados de prisão abertos contra Clayton, que segue foragido. Estamos divulgando sua foto para todos da imprensa para que a mesma possa percorrer as redes sociais, jornais e outras mídias com o propósito de contar com a população que poderá auxiliar na localização desse elemento. “Ressalto que é um indivíduo de alta periculosidade, com passagens por tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo, receptação, e agora por homicídio tentado e homicídio. As pessoas que por ventura estejam acobertando esse autor poderão também ser indiciadas e responder pelo crime”, finalizou o Delegado, que mais uma vez ressaltou o bom trabalho em conjunto da Polícia Civil e Militar que acompanham o caso.

 

A Polícia informou que qualquer denúncia relacionada ao paradeiro de Clayton Souza Júnior poderá ser feita de forma anônima e segura pelo 190 da Polícia Militar, pelo Disk Denúncia, no número 181 ou pessoalmente na Delegacia.