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Direito e Justiça – Pontos (ainda) positivos de Araguari, por Rogério Fernal

qui, 20 de março de 2014 13:16

abertura Direito e Justiça
Há muitos anos inseri na Coluna DJ alguns pontos que considerava positivos em Araguari. E, para que não se diga que presentemente apenas vislumbro pontos negativos, eis os nove pontos que ainda considero favoráveis e que, se bem explorados pelos nossos preclaros governantes, políticos, empresários, comerciantes e agricultores, enfim, por todos os setores engajados com o nosso bem-comum, poderiam alterar diametralmente os nossos rumos, e para melhor:

1. Posição geográfica privilegiada, situando-se no Brasil Central, estando o Município provido de fartura em meios de comunicação e de ligação aos maiores centros urbanos do País.

2. Clima bom (ainda). Todavia, mudando rapidamente para pior. A cidade é seca, árida, e não tem muitas árvores (dignas do nome); tem, sim, arvoredos e florzinhas; calçadas estreitas, irregulares e perigosas (quando as tem) e numerosos “inimigos  do verde” por toda parte. Coisa estranha! Coisa absurda! Mas, bem real… !!!

3. Problemas habituais e que ainda comportam solução pelos seus próprios recursos, próprios de uma cidade de médio porte.

4. População ordeira e pacífica (também mudando), cooperadora e até crédula (bastante), que ainda espera o cumprimento das prometidas mudanças no modo de ser, de gerir e de conduzir a coisa pública. Usuais em todas as campanhas…

5. Contingente eleitoral estagnado (e até descendente), mas ainda representativo e capaz de decidir e de influenciar a política regional, estando apto a eleger um Deputado Estadual (e nada mais), desde que haja concentração de candidatos e de sufrágios.

6. Possibilidade concreta de receber e de acomodar indústrias de micro, pequeno e médio porte, não poluentes e especialmente ligadas ao setor agrícola para o qual, evidentemente, o Município é vocacionado. Não mais do que isso.

7. Solo fértil (ainda) e dotado de apreciáveis mananciais subterrâneos de água potável e límpida (esgotando-se possivelmente), que, se preservados devidamente, assegurarão o futuro da nossa agricultura (controlando-se a irrigação desenfreada e diversificando-se o plantio). Água cotidiana passível de contaminação. Cuidado!!!

8. Residência de inúmeros araguarinos em grandes centros urbanos do Brasil, incluindo-se Brasília, Goiânia, Belo Horizonte e São Paulo, ocupando cargos de importância e que poderiam, na medida das suas possibilidades pessoais, divulgar, representar e auxiliar o Município. Aliás, não seria má idéia realizar anualmente a festa (ou encontro) dos araguarinos ausentes, consoante ocorre em tantos outros Municípios, com sucesso e proveito.

9. Possibilidade de superar e de reverter os males atávicos trazidos pela proximidade umbelical e absorvente da vizinha (madrasta) Uberlândia, compatibilizando o crescimento de ambas as comunidades, que poderiam conduzir-se como cidades irmãs, cujos futuros estão ligados, queiramos ou não. Utopia?
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O Segredo do Céu e do Inferno

Um velho monge estava sentado à beira da estrada. De olhos fechados e pernas cruzadas. Em profunda meditação, quieto!

De repente, seu zazen foi interrompido pela voz áspera e exigente de um samurai.

– Velho! Ensina-me sobre o céu e o inferno!

Parecia que o monge não tinha ouvido, pois não fez qualquer movimento. Mas, aos poucos, o monge foi abrindo os olhos, um ligeiro esboço de sorriso perpassou seus lábios, e o samurai esperava…  impaciente…, e mais agitado a cada segundo que passava.

– Quer saber os segredos do céu e do inferno?  — o monge disse finalmente. Você que é tão desarrumado. Você que tem mãos e pés cobertos de sujeira. Você que não penteia os cabelos, que tem o hálito fétido, a espada cheia de ferrugem. Você que é feio e se veste mal. Você me pergunta sobre o céu e o inferno?

O samurai rogou uma praga, tirou a espada e levantou-a bem alto. Seu rosto ficou roxo de ódio, as veias pularam em seu pescoço. Estava pronto para cortar de um golpe a cabeça do monge.

– Isto é o inferno —  disse o velho monge calmamente, quando a espada começou a descer.

Numa fração de segundo, o samurai foi tomado de surpresa, espanto, compaixão e amor por aquele ser tranquilo, que ousava arriscar a vida, para dar-lhe aquela lição. Parou a espada no meio do voo e seus olhos se encheram de lágrimas de gratidão.

– E isso — disse o monge — é o céu.

FONTE: Você Não Está Só; Vol. II, págs. 127/128. Ediouro Publicações S. A, Padre John W. Groff Jr.

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