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Direito e Justiça – Curtas e grossas

qui, 19 de março de 2015 00:00

abertura Direito e Justiça
·    Gente! Eu estou precisando de uma panela. Não precisa ser “panela velha”, nem “fazer comida boa”.     Basta que seja sonora. POR MOTIVOS ÓBVIOS!!!

·    Herança maldita? De quem? Minha? Sua? Nada disso. Dela, somente dela. Tirá-la? Nada disso! Serias fácil demais. Seria até um prêmio. Estragou o Brasil? POIS QUE O CONSERTE!!!

·    Caixão? Com bandeira em cima? O EXAGERO LEVA AO RIDÍCULO!!!

·    Os dois Ministros apenas tergiversaram. “A voz rouca das ruas” já se faz ouvir. E, apenas começou. Doravante, os governantes que se fizerem de surdos no Brasil estarão sujeitos a repetir a História, nem sempre da melhor forma possível para aqueles que não a aceitam, que não a conhecem ou que não a estudam. Ela  — A HISTÓRIA  — é cícllica (diziam os gregos antigos) e sempre se repete no fim. HAJA VISTA ADOLF HITLER, BENITO MUSSOLINI, POL POT, SADDAM HUSSEIN, MUAMMAR KHADAFFI…. !!!

·    Os governos (federal, estaduais e do DF, e os municipais) quebraram? Por que não economizaram? Por que não economizam? Não vão economizar? Só aumentos de encargos? Trinta e nove (39) Ministérios em Brasília? Vinte e uma (21) secretarias em BH? Quantas aqui? PARA QUÊ TANTOS E TANTAS?

·    Cadê as reformas administrativas? REFORMAS MESMO … !!!

·    Fazendo beicinho? Jogo de cena? Vendeu ou não vendeu? Acertou-se ou não se acertou? Quão importante! Quão ético! Com tantos coices e “agrados” recíprocos chegará a hora em que vão ter que se reunir acorrentados ou algemados, a fim de não se agredirem. TUDO ISSO SERIA CÔMICO, SE NÃO FOSSE TRÁGICO … !!!

·    Na verdade — e a opinião é minha —, eles nada deveriam receber por serem Edis; quando muito uma pequena ajuda-de-custo, pois é uma honra (para todos eles, sem exceção alguma) possuírem um mandato representativo, que lhes outorgou a população de Araguari. ENTÃO, NÃO FAÇAM DESSE MUNUS UMA PROFISSÃO, QUE NÃO É!!!
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O Suave Milagre

(Adaptação de texto de Eça de Queiroz)

Junto a Siquém, num sórdido cassebre, vivia uma viúva, desgraçada entre todas. Tinha um filho doente, que definhava aos poucos, vencido pelas febres.

O chão era úmido e malsão: não havia ali a mais miserável enxerga. Só alguns trapos que serviam de leito.
Na lâmpada de barro velha e suja secara o azeite.

O grão faltava na arca; cessara o ruído dormente do moinho doméstico. Em terras de Israel era isto a evidência cruel da mais negra miséria.

A pobre mãe, sentada a um canto, chorava. Mal deitada em seu colo descarnado, envolta em farrapos, pálida e tremente, a criança pedia-lhe numa voz débil como um suspiro, que fosse chamar esse Rabi da Galiléia, de quem ouvira falar junto ao poço de Jacó, que amava as crianças, dava de comer às multidões e curava todos os males humanos, com a simples carícia de suas mãos pálidas e esguias.

E a mãe dizia-lhe, chorando:

– Como queres tu, filho, que eu te deixe e vá em busca do Rabi da Galiléia? Obed é rico e tem numerosos servos. Pois Obed, com seus auxiliares, procurou Jesus por todos os recantos e aldeias, desde Corazin até o país de Moab, e não o encontrou. Lúcio, o romano, é forte, dispõe de centenas de soldados, e tudo fez para encontrar Jesus. Percorreu os campos e as estradas, desde o Hebron até o mar, e não conseguiu avistar o Rabi. Se os ricos e poderosos não descobriram Jesus, como queres tu que eu possa encontrá-lo?

A criança, com os olhos cansados, repetia baixinho, muito triste:

– Mamãe! Eu queria ver Jesus da Galiléia!

E a mãe, a chorar, torturada pela angústia, continuou:

– De que me servirá, meu filho, partir e ir procurá-lo? Extensas são as estradas da Síria, curta é a piedade dos homens. Vendo-me tão pobre e tão só, os cães viriam ladrar-me à porta. Decerto Jesus morreu; e com ele morreu, uma vez mais, toda a esperança dos tristes.

Pálida e desfalecendo, a criança implorou ainda:

– Mamãe! Eu queria ver Jesus da Galiléia!

Abrindo devagar a porta e, sorrindo cheio de amor, Jesus disse à criança:

– Aqui estou, meu filho. Aqui estou!

FONTE: Lendas do Céu e da Terra;Malba Tahan. Editora Record,  19ª Edição, págs. 103/104

·Rogério Fernal: Juiz de Direito aposentado. Ex-Professor Universítário de Direito, Advogado militante, Mestre Maçom, conferencista e articulista.

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